O Consórcio Britto-Marcelog, representado pela Terra Investimentos, arrematou o leilão para o terminal MAC16, no Porto de Maceió. No leilão, ocorrido na sede da B3, em São Paulo, nesta quarta-feira (18), o consórcio arrematou a área pelo lance de R$ 1.451.000,00 milhão.
O contrato terá duração de cinco anos e são previstos R$ 6,5 milhões de investimentos. A área arrematada pela Britto-Marcelog é destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais e possui dois armazéns com capacidade de 1.600 toneladas, além de áreas adjacentes, com aproximadamente 9.500 metros quadrados.
Na ocasião ainda ocorreram os leilões para áreas no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, e no Porto de Santana, no Amapá. O valor total previsto para investimento nas três áreas é de R$ 3,62 bilhões.
No Rio de Janeiro, a Cedro Participações, representada pela Ágora, venceu o leilão com proposta de R$ 1 milhão e o investimento previsto para os próximos 35 anos, prazo total da concessão, será de R$ 3,5 bilhões. Está previsto a construção de um novo terminal na área, denominado ITG02, para a movimentação de minério de ferro.
A área arrematada pela Cedro possui 348.937 metros quadrados e possui estimativa de movimentação de 20 milhões de toneladas por ano. O novo terminal consolidará o Porto de Itaguaí como o principal polo exportador de minério de ferro do país.
Já a área do Porto de Santana, no Amapá, foi arrematada pela Rocha Granéis Sólidos de Exportação pelo lance de R$ 58,06 milhões. O contrato para a área será de 25 anos, sendo possível prorrogação, e tem previsão de investimentos de R$ 89 milhões.
O espaço é destinado a movimentação e armazenamento de granéis sólidos vegetais, como milho e soja e será importante para escoar a produção do estado. Há previsão de ampliação do Píer 1, para que seja possível receber navios de grande porte.
Presente ao leilão, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o leilão realizado é o maior da história portuária do Brasil e irá gerar competitividade nas regiões onde estão localizados, além de gerar emprego e renda.
Câmara aprova criação de Companhia das Docas no Porto de Maceió
Em sessão realizada no dia 11 deste mês, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria a Companhia Docas de Alagoas em razão de divisão parcial da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). O texto será enviado ao Senado. De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei 3034/24 contou com parecer favorável do relator, deputado Daniel Barbosa (PP-AL). Segundo o projeto aprovado nesta quarta-feira (11), a nova companhia de personalidade jurídica de direito privado e sob a forma de sociedade anônima continua vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos.
No PL, o Executivo argumenta que que avaliações específicas de mercado para os diferentes tipos de cargas e atracamento de navios de turismo demonstram aumentos de movimentação das cargas até o ano de 2041, o que justificaria a criação da nova estrutura.
O relator, Daniel Barbosa, citou números do crescimento do porto alagoano que, segundo ele, justificam a criação da estatal. De acordo com dados da Codern de 2023, o porto de Maceió foi responsável por mais da metade de toda a carga movimentada nos portos da entidade, aumento de mais de 12%. Foram mais de 100 mil passageiros ao longo da temporada 2023/2024, segundo dados do porto.
“Mostramos o quanto está crescendo o porto de Maceió, o quanto a gente recebe de turistas e o quanto isso desenvolve nossa economia”, disse Daniel Barbosa.
O projeto prevê que os recursos da Companhia de Docas sejam oriundos de tarifas portuárias, do desenvolvimento de suas atividades e de convênios, ajustes, contratos ou arrendamentos, além de produtos de operações de crédito e de outras fontes.
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