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Em um ano, Veolia em AL já produziu mais de 900 mil toneladas de vapor

Unidade abastece planta de PVC da Braskem no estado, mas Veolia estuda expandir atuação no estado
Veolia em Alagoas
Primeira unidade da Veolia em Alagoas foi inaugurada em novembro de 2023 e abastece com vapor unidade de PVC da Braskem. Foto: Monstro/Asessoria

Inaugurada há um ano, no Polo Industrial de Marechal Deodoro, a planta da Veolia é a primeira usina verde de geração de vapor de Alagoas e abastece a unidade industrial de PVC da Braskem no estado. Neste período, a usina já produziu cerca de 900 mil toneladas de vapor e a multinacional estuda ampliar suas atividades.

Em entrevista ao Movimento Econômico, a diretora de Operações Industriais da Veolia Brasil, Natalie Figueiredo, falou sobre as atividades desempenhadas em Alagoas e da importância do investimento em biomassa para o processo de descarbonização das indústrias.

A Veolia foi inaugurada em Alagoas no dia 14 de novembro de 2023 e teve um investimento de aproximadamente R$ 400 milhões para a construção das instalações. O empreendimento foi desenvolvido em parceria com a Braskem para alimentar a unidade industrial de PVC da Braskem, instalada na região. Em 2021 as empresas assinaram um contrato com duração de 20 anos para produzir energia renovável a partir de biomassas. Segundo Natalie Figueiredo, a unidade produz vapor a partir de biomassa de eucalipto, além de outras fontes complementares, como resíduos de madeira, bambu e pallets.

“Com escala de funcionamento de 24 horas por dia e 7 dias na semana, a usina produz cerca de 900 mil toneladas de vapor por ano. O uso desta fonte de energia renovável representa uma redução anual de, aproximadamente, 150 mil toneladas de CO2, se comparado ao uso de combustíveis fósseis. Todo o preparo, armazenamento e processamento delas é realizado no próprio site da companhia. Nossa intenção é aumentar cada vez mais o mix de combustível usado na usina, com outras fontes renováveis disponíveis na região, como a casca de coco, por exemplo”, explicou.

Além de Alagoas, a Veolia também já possui presença em outros estados do Nordeste, como Bahia, Sergipe, Maranhão, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, mas há também um interesse da multinacional em expandir suas atividades em Alagoas, conforme afirmou a diretora de operações industriais.

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“Temos interesse em expandir nossas atividades com serviços nas áreas de energia como é o caso da operação com a Braskem, e em água, efluentes e resíduos. Vamos continuar trabalhando para aumentar nossa atuação local, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região” destacou.

Unidade Veolia em Alagoas
Unidade utiliza eucalipto e resíduos de madeira para produzir energia verde em Alagoas. Foto: Monstro/Assessoria

Biomassa para descarbonização da indústria, diz Veolia

Em um momento em que a defesa do meio ambiente e de práticas industriais que gerem menos danos e impactos ao nosso planeta, a pauta da descarbonização no setor industrial vem sendo debatida em diversos segmentos.

Os dados da Veolia em Alagoas demonstram a importância de se apostar em energia oriunda de fontes renováveis. Em apenas um ano, cerca de 150 mil toneladas de CO2 deixaram de ser jogadas na atmosfera.

Para Natalie Figueiredo, a descarbonização é um pilar essencial para o futuro das atividades industriais, que coloca o setor como protagonista nas pautas de mitigação de mudanças climáticas. Ela destaca ainda que a eficiência energética, promovida por meio de tecnologias mais limpas e processos otimizados, reduz os custos operacionais e melhora a produtividade.

“Na Veolia, a descarbonização também direciona os negócios. Nosso plano estratégico global, o GreenUp, visa acelerar a transformação ecológica por meio da descarbonização, da despoluição e da regeneração dos recursos naturais. Temos o compromisso aprovado pelo SBTi de zerar nossas emissões de carbono até 2050. Queremos ajudar a indústria a reduzir 18 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2027 em seus processos produtivos. Já para a despoluição, nosso compromisso está em tratar, anualmente, mais de 10 milhões de toneladas de resíduos perigosos e poluentes. E na regeneração dos recursos naturais, estamos comprometidos a preservar 1,5 bilhão de metros cúbicos de água até 2027”, completou.

Leia mais: Alagoas concede R$ 134 mi em incentivos fiscais para oito empresas

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