As exportações no mês de julho em Alagoas tiveram um crescimento de 28,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados do Centro Internacional de Negócios de Alagoas (CIN), da Federação das Indústrias do estado (FIEA) apontam que o açúcar, o minério de cobre e placas de cerâmica seguem sendo os produtos mais exportados pelo estado. Com o resultado, Alagoas fica na sexta posição entre os estados do Nordeste em volume exportado.
O boletim mensal apontou que no mês passado as exportações totalizaram US$ 39,3 milhões. Segundo a gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Dielze Mello, a balança comercial apresenta um aumento nas exportações de US$ 8,7 milhões quando comparado ao ano anterior.
“Este resultado evidencia a contínua atividade industrial do nosso estado, tendo como produtos mais exportados o minério de cobre, açúcares e placas de cerâmica, já os principais destinos foram China, Canadá e Estados Unidos”, explicou.
As exportações também movimentam o Porto de Maceió, que somente no primeiro semestre do ano registrou aumento de 6,01% nas movimentações de cargas em comparação ao 1º semestre de 2023. O grande destaque e que puxou o resultado foi a exportação de açúcar em sacas.
De acordo com dados do Porto de Maceió o terminal movimentou 1.495,122 toneladas entre granéis sólidos, granéis líquidos e carga geral. O primeiro semestre de 2023 movimentou 1.410.423. Deste total, 75,028 toneladas foram de açúcar em sacas, e ganha destaque ainda o aumento da exportação de melaço (12,287 toneladas) e óleo diesel (101 toneladas).
Exportação de minério de ferro
Outro produto que se consolida na esteira de exportações do estado é o minério e ferro, que completou em junho deste ano três anos de exploração, com mais de 240 mil toneladas exportadas no período. A produção de minério de cobre em Alagoas é comandada pela Appian Capital Brazil, fundo de investimento privado especializado em mineração, que controla a Mineração Vale Verde, responsável pelas operações da Mina Serrote, única do segmento e que fica localizada em Craíbas, Agreste do estado.
A produção de cerâmica também está se consolidando em Alagoas, com grandes empresas do segmento que possuem unidades de produção, como é o caso da Pointer, marca do grupo Portobello, que está instalada no Polo Industrial Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro e gera cerca de 1.100 empregos diretos e indiretos. A empresa já investiu mais de R$ 210 milhões na unidade e produz cerca de 20 milhões de m² de cerâmica por ano.
Com relação aos materiais importados pelo estado em julho, o destaque vai para betume de petróleo, adubos e fertilizantes e PVC. As importações somaram US$ 77,9 milhões, registrando um crescimento de 38,4%.
Os principais países de origem das exportações em julho foram Estados Unidos, China e Colômbia.
Dielze explicou ainda que as importações do estado acabam variando mês a mês e o que é matéria prima entra no estado como componente para o produto final e o que é produto manufaturado geralmente abastece o comércio local. “O betume, por exemplo, é utilizado nas estradas que estão sendo reparadas, já os produtos de industrialização vão para o comércio e a soma de industrializados de pouquinho em pouquinho tem um bom somatório”, explicou.
“Uma empresa ao comprar matéria prima internacional mais barata melhora sua competitividade. Um consumidor quando compra um produto usando uma plataforma de E-commerce está interferindo na economia do nosso estado, então precisamos começar a despertar principalmente nas pequenas empresas alagoanas que existe um mercado hoje global e o Centro Internacional de Negócios da FIEA, junto com demais parceiros, está pronto para prepará-los para este mercado”, completou Dielze Mello.
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