A exploração de minério de cobre no Agreste de Alagoas completou três anos superando as previsões de produção da Mineração Vale Verde, com mais de 240 mil toneladas exportadas. De janeiro a maio deste ano, o minério foi o segundo produto mais exportado pelo Porto de Maceió para outros países, ficando atrás apenas do açúcar a granel.
A operação da Mina Serrote, no município de Craíbas, é comandada pela Appian Capital Brazil, fundo de investimento privado especializado em mineração, que controla a Mineração Vale Verde, responsável pelas operações no estado. Das mais de 240 mil toneladas exportadas, 43 mil foram para o mercado internacional no primeiro semestre de 2024.
“Estamos felizes com a maturidade operacional que a Mina Serrote alcançou. Isso demonstra que o nosso modelo operacional é robusto e nossos times são de excelência. Assim, conseguimos trazer prosperidade econômica para a região e transformar positivamente a vida das pessoas que moram no Agreste alagoano”, comemora Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, que lembra também que, ao longo dos cinco anos de atuação no Brasil, o Grupo Appian investiu, em Alagoas, mais de R$ 5 milhões em iniciativas socioculturais.
A Vale Verde é o único empreendimento de Alagoas que lida com metais básicos. Em 2022, a mineradora concluiu seu ramp-up e a Mina Serrote superou sua capacidade máxima de produção, com o alcance de 105% de sua capacidade de produção.
O empreendimento conta com capacidade de produção de 4,1 milhões de toneladas/mês e potencial estimado em 50 mil toneladas/anual, ao longo de uma vida útil estimada de 14 anos.
No último ano, a Mineração Vale Verde encaminhou mais de 105 mil toneladas, sendo aproximadamente 26 mil toneladas de cobre para a Finlândia e a China.
Minério de cobre ganha relevância na balança comercial do estado
A produção do minério em Alagoas vem contribuindo para que o mix de produtos exportados se diversifique e consolide Alagoas com relevância no mercado internacional. Entre os anos de 2022 e 2023 a exportação de cobre aumentou 12,22% e em 2024 tende a manter alto o volume exportado, segundo dados do Porto de Maceió.
Os números também colocam Alagoas na quinta colocação entre os estados nordestinos no volume de exportações, com crescimento que vai na contramão do cenário experimentado pela região Nordeste, que teve queda nas exportações no mês de maio.
Segundo a gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), Dielze Mello, no mês de maio, as exportações da região Nordeste atingiram o valor de US$ 1,8 bilhão, registrando uma queda de 19,7% comparada a 2023. Já as importações somaram US$ 2,9 bilhões, o que representa um crescimento de 24,3% quando comparamos com os dados de maio de 2023. A balança comercial da região apresentou um déficit de aproximadamente US$ 1,1 bi.
“Alagoas ocupa a 5ª posição, apresentando um crescimento em comparação a maio de 2023, onde a participação do açúcar é nosso maior ativo, mas é preciso afirmar que nesta busca pela diversidade da pauta de exportação o desempenho do minério de cobre, da Mineração Vale Verde, tem crescido e está contribuindo cada vez mais para a diversificação da nossa pauta exportadora, e consequentemente, ao desenvolvimento do nosso estado. Considerando o ano anterior até o mês de maio de 2024, a China tem sido o grande país importador de nosso minério de cobre, seguidos da Finlândia, Taiwan e Chile”, analisou.
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