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Tecnologia de teleconsultas da MV já garantiu mais de 28 mil atendimentos em Pernambuco

Com a liberação temporária da prática da telemedicina pelo Governo Federal, foi criado no estado o Núcleo de Telessaúde da SES-PE, que funciona com a plataforma Clinic A pandemia do novo coronavírus exigiu ações emergenciais em todo o mundo e a colaboração da iniciativa privada com os governos, em todas as esferas, foi fundamental para […]

Com a liberação temporária da prática da telemedicina pelo Governo Federal, foi criado no estado o Núcleo de Telessaúde da SES-PE, que funciona com a plataforma Clinic

Clinic: revolução na garantia de atendimentos

A pandemia do novo coronavírus exigiu ações emergenciais em todo o mundo e a colaboração da iniciativa privada com os governos, em todas as esferas, foi fundamental para que os danos à saúde pública e a perda de milhares de vidas não fossem maiores. E graças a uma tecnologia desenvolvida pela empresa MV, milhares de pessoas puderam garantir atendimento médico sem sair de casa.

A MV, com 34 anos de atividades e sede no Recife, é líder na América Latina em sistemas para a saúde e fez parte do movimento global de empresas que apoiaram governos locais com iniciativas para mitigar os impactos da Covid-19. Em Pernambuco, durante o lockdown, a MV disponibilizou à Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) o Clinic, plataforma que permite a prática da telemedicina, para garantir que a população não deixasse de ter atendimento médico durante o isolamento social.

Desta forma, a partir da liberação temporária da prática da telemedicina pelo governo federal, foi criado no estado o Núcleo de Telessaúde da SES-PE, com a ajuda do Clinic. O sistema agenda consultas virtuais e garante prontuário eletrônico, prescrição de receituários, laudos e encaminhamentos, além do atendimento online – por vídeo chamada.

Graças ao Clinic, de abril de 2020 a 30 de julho deste ano, foram realizados 28.320 atendimentos pela plataforma, dando continuidade ao tratamento dos pacientes que já eram acompanhados pela rede estadual de saúde. Entre eles, crianças com a síndrome congênita do Zika vírus, portadores de algum tipo de deficiência, com doenças raras ou crônicas que não podiam ficar sem as consultas com médicos e multiprofissionais como fonoaudiólogos e psicólogos.

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Dulcineide Oliveira, diretora do Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Saúde de Pernambuco/Foto: divulgação

“Nossa preocupação imediata foi manter os atendimentos desses pacientes e a MV foi uma parceira fundamental na estratégia de evitar que eles buscassem atendimentos presenciais nos hospitais e serviços de saúde”, afirma a diretora do Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Dulcineide Oliveira.

Protagonismo e desafios

A agilidade na implantação da estratégia deu protagonismo nacional a Pernambuco e a diretora foi convidada a apresentar a experiência do Estado em debate nacional na Câmara dos Deputados, ao lado de representantes do governo do Rio Grande do Sul e dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, ambos de São Paulo.

Clinic em atividade/Foto: MV

A solução da MV também foi base para o atendimento virtual de pessoas com sintomas gripais ou da covid-19, por meio do www.atendeemcasa.pe.gov.br. No site, a triagem é feita pelas respostas dos usuários a um questionário e eles são orientados a ficar em isolamento em casa ou procurar atendimento presencial de acordo com a gravidade dos casos.

Geógrafa for formação e com mestrado em saúde pública com ênfase em telemedicina e telessaúde, Dulcineide destaca a ampliação do acesso à saúde com a telemedicina, mas pondera que ela traz um enorme desafio quando se trata do Sistema Único de Saúde – o SUS. “Temos que avançar muito em infraestrutura tecnológica e encarar questões desafiantes e limitantes, como parte da população sem smartphones e com dificuldades de acesso à internet”, observa.

Mas a meta é seguir em frente e o Núcleo de Telessaúde já está partindo para realizar telediagnósticos, começando pela telecardiologia. Neste caso, o paciente é atendido no posto de saúde perto da sua casa, onde o médico solicita um eletrocardiograma que é feito no mesmo local e enviado, em seguida, pela internet para avaliação de um especialista na central de cardiologia. Se houver gravidade, a central orienta a conduta ou manejo a ser adotado no posto e até a remoção do paciente para uma unidade especializada de alta ou média complexidade.

Segundo Dulcineide Oliveira a inovação que o Clinc permite também será levada às 46 unidades de urgência e emergência da rede estadual de saúde e a expectativa é que cerca de 40% delas possam oferecer o atendimento até o final do ano, finalizando a implantação em abril de 2022.

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