A fábrica de cervejas da Ambev, localizada no município pernambucano de Itapissuma, teve aprovados R$ 546,9 milhões em incentivos fiscais pela Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), com a geração de 1.468 empregos. Foi o maior valor entre os 24 pleitos analisados pela autarquia nesta terça-feira (3), que representaram R$ 861,4 milhões em investimentos declarados pelas empresas.
Inaugurada em março de 2014, a Ambev pernambucana é a maior unidade de fabricação de cervejas e refrigerantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, sendo também polo de produção de levedura para todo o país. No ano passado, passou a ser também líder na fabricação de cervejas zero nessas regiões.
Além da unidade de Itapissuma, a Ambev conta com três centros de distribuição em Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Caruaru, e quatro revendas em Petrolina, Arcoverde, Salgueiro e Serra Talhada. Ao todo, a companhia emprega 2.500 funcionários, entre próprios, terceiros e revendas. Desde 2010, a Cervejaria Pernambuco já recebeu mais de R$ 2,4 bilhões em investimentos.
Ao todo, o conselho da Sudene aprovou 12 pleitos de modernização, sete de implantação, quatro de reinvestimento e um de transferência, representante a manutenção de 11.512 empregos, sendo que 976 estão vinculados a novos postos de trabalho. As solicitações estão distribuídas por diversos setores considerados prioritários, destacando-se os de alimentos e bebidas, infraestrutura, fármacos, plásticos, minerais não metálicos, têxtil e vestuários e químicos.
Considerando a distribuição por estados, a Bahia, Ceará e Pernambuco tiveram cinco solicitações aprovadas cada um, seguidos pelo Maranhão (4), Paraíba (3) e Alagoas e Espírito Santo, um. Os investimentos informados na Bahia somam R$ 72 milhões; no Ceará, R$ 117,9 milhões, e em Pernambuco, R$ 602,3 milhões. Já no Maranhão são R$ 37,9 milhões e na Paraíba, R$ 30,2 milhões. Em Alagoas foi de R$ 470 mil e no Espírito Santo, R$ 505 mil.
Para o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, os incentivos são importantes para atrair investimentos para a área de atuação da autarquia, gerando emprego e renda para a população. “Nossa região ainda precisa avançar em competitividade, principalmente na melhoria da infraestrutura e no capital humano, em relação a outras áreas do país e a política de incentivos se torna estratégica para garantir a presença das empresas até termos condições de competir em situação de igualdade”, afirmou.
Incentivos da Sudene
A partir da política de concessão de benefícios fiscais da Sudene, as empresas podem reduzir o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) como uma fonte para a realização de novos investimentos em seus empreendimentos.
Foram 18 pleitos relacionados com a redução de 75% do IRPJ e quatro de reinvestimento de 30% do IRPJ. Nesta modalidade, as empresas devem efetuar o depósito correspondente à redução de 30% do valor do IRPJ, calculado sobre o lucro real da atividade incentivada, preliminarmente junto a uma agência do Banco do Nordeste, em conta de depósito especial.
O diretor de Gestão de Fundos e Incentivos da Sudene, Heitor Freire, lembrou que, após a aprovação da Sudene, as empresas deverão procurar a Receita Federal para homologação do benefício. Uma vez aprovado, a fruição ocorre pelos próximos 10 anos, considerando o lucro real apresentado pelos empreendimentos.
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