Por Juliana Albuquerque
A falta de atendimento quando tentava fazer pedidos em grandes players de foodtechs do país fez o empresário Miguel Neto, aos 26 anos, pensar em um caminho inverso. Enquanto as plataformas de delivery apostavam nas capitais, ele focou no interior de cidades como a sua, Lagarto, município de Sergipe, para criar junto com Danilo Souza a Quero Delivery, fundada em 2018.
A aposta deu resultados. Só no ano passado, com o impulso da pandemia, foram mais de 1.2 milhão de pedidos/mês, um crescimento na ordem de 400% que elevou o faturamento para R$13 milhões. Para este ano, a expectativa é faturar cerca de R$ 20 milhões e, para 2022, a previsão é ainda mais otimista: R$ 30 milhões.
Durante a pandemia, com um grande volume de compras concentrado em categorias como mercado e medicamentos, foi implantado o sistema de entregas Quero Log, dando emprego a mais de 50 pessoas. O propósito que move o negócio é o poder de transformação que a solução tem para as mais diversas realidades enfrentadas pelos micros e pequenos empreendedores no país. Dentre elas, a falta de capital para fluxo de caixa, dificuldade de acesso a serviços financeiros ou mesmo gestão e divulgação do empreendimento, e ainda a gerarção de demanda tanto para os estabelecimentos quanto para os entregadores.
“Após o uso do app, em média, o faturamento aumenta em até cinco vezes. A empresa nasceu com uma veia colaborativa regional muito forte, por isso, sempre valorizamos e contribuímos para o crescimento de estabelecimentos locais.”, diz Miguel Neto, fundador e CEO da Quero Delivery, que tem cerca de 100 colaboradores.
Hoje, a marca está presente em mais de 180 cidades de 13 estados, conta com 12 mil estabelecimentos parceiros/credenciados e o número de usuários já passa de 1 milhão.