A última etapa de restauração do molhe de abrigo do Porto de Suape será concluída com um investimento de R$ 123 milhões, sendo R$ 50 milhões do Governo Federal e R$ 73 milhões do Governo de Pernambuco.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11). A governadora Raquel Lyra e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, assinaram o termo de compromisso para o repasse do montante oriundo de Brasília.
A obra começa na próxima terça-feira (15) e tem prazo de conclusão previsto para setembro de 2028.
A restauração do molhe de abrigo faz parte de um conjunto de iniciativas para reforçar a segurança do complexo portuário. O investimento torna o atracadouro pernambucano ainda mais competitivo e estratégico. Após assinatura, Costa Filho explicou que a obra “dialoga diretamente com o plano estratégico de fortalecimento do Porto de Suape”.
“Este porto deve crescer mais de 5% este ano e movimentar mais de R$ 20 bilhões em cargas. São mais de 20 mil empregos diretos, fora os indiretos. Então, este é um importante ativo do estado de Pernambuco”, completou o ministro.
A empresa vencedora do certame para a obra foi a construtora Venâncio, que vai recuperar 1,8 quilômetro da estrutura de pedra, que serve de barreira de proteção para os píeres onde são realizadas as operações de graneis líquidos (petróleo e produtos derivados). Esses ativos representaram 68,9% da movimentação total de carga do porto em 2023, o que faz Suape ocupar a liderança nacional entre os portos públicos.
Molhe
O molhe serve de barreira de proteção contra a força das marés altas no porto externo. Assim como nas três últimas etapas para reforçar a estrutura do molhe, será feita a colocação de blocos de pedra que pesam entre 300 quilos e 12 toneladas.
A terceira fase da obra, que foi concluída recentemente, recuperou um trecho de 940 metros que estava sendo reforçado desde 2018. Foram usados blocos de pedra que somaram 78.120 metros cúbicos, custando cerca de R$ 68 milhões.
Nas primeiras e segundas fases, foram requalificados 260 metros da estrutura, com um custo de R$ 45,1 milhões.
Porto de Suape
O Porto de Suape tem investido em obras para atrair mais cargueiros. Em agosto, o complexo oficializou o início das operações de bunker. Através de uma parceria entre a Ultracargo e a Dislub, navios que atracam no porto não precisam mais carregar combustível para garantir a realização completa de suas rotas, além de transportar suas cargas.
A oportunidade é benéfica principalmente às escalas de container. Na época, o presidente do Porto, Marcio Guiot, explicou que para os navios vindos do sul, “é importante oferecer esse serviço até para garantir as escalas, que foi um dos problemas que a gente teve no passado.”
O sucesso das operações de bunker está diretamente relacionado às obras de dragagem, segundo o presidente do porto.
Mais recentemente, o Porto de Suape e a Fundação Getulio Vargas (FGV) assinaram Termo de Serviço para que, em janeiro, o projeto da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) seja entregue.
O objetivo é atrair mais empresas para o complexo a partir da divulgação do relatório e também do anúncio feito no início da semana sobre a primeira fábrica de e-metanol do país, que funcionará no complexo a partir de uma parceria entre o Governo de Pernambuco e a empresa dinamarquesa European Energy.
As ZPEs são áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem exportados. Essas zonas são criadas com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico, aumentar as exportações, gerar empregos e difundir novas tecnologias no país.
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