Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Exportações de algodão crescem 156% no Tecon Salvador

O avanço da produção em Matopiba, região de Cerrado entre o Nordeste e o Norte do Brasil, vem impulsionando as exportações de algodão pelo Porto de Salvador, que se consolida entre os principais equipamentos para a logística do setor no comércio internacional
Exportações de algodão pelo Tecon Salvador crescem 156% de janeiro a novembro de 2023
Impulsionado pela região de Matopiba, o Tecon Salvador cresceu 156% nas exportações de algodão de janeiro a novembro de 2023 sobre o mesmo período de 2022/Foto: Wilson Sons (Divulgação)

As exportações de algodão em pluma, pelo terminal de contêineres do Porto de Salvador, o Tecon Salvador, fecharam 2023 com um crescimento de 156% de janeiro a novembro de 2023 sobre o mesmo período de 2022. Nestes 11 meses do ano passado, foram embarcados 1.156 contêineres com 28.900 toneladas da commodity.

Em 2023, o maior volume mensal de exportações de algodão pelo terminal, que é operado pela Wilson Sons, foi registrado em novembro, quando o Tecon movimentou 421 contêineres, com 10.525 toneladas de pluma.

Com esse resultado, o terminal se consolida como um dos principais equipamentos logísticos para os embarques de algodão brasileiro destinados ao mercado externo. O Brasil é o segundo maior exportador mundial do algodão, commodity comercializada em sementes, farelo e pluma.

Matopiba impulsiona exportações de algodão na BA

A pluma embarcada no Tecon Salvador é oriunda de Matopiba, região de cerrado, que compreende os estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa área, considerada a nova fronteira agrícola do país, é a segunda maior produtora de algodão do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso, e já responde por 10% da safra de soja.

Quanto aos mercados de destino do algodão exportado em Salvador, as principais regiões são a Ásia (Paquistão, Bangladesh, China, Indonésia e Vietnã) e a Eurásia (Turquia).

- Publicidade -

Impulsionado por essas operações, o Tecon Salvador vem ampliando sua importância como provedor de soluções para a cadeia de algodão e se demonstrando uma alternativa viável para os exportadores diante dos gargalos logísticos enfrentados nos portos do Sul e Sudeste.

“Oferecemos mais flexibilidade de janelas de embarque para os mesmos destinos”, afirma o diretor comercial do Tecon, Guilherme Dutra.

“Além dessa velocidade, importante para fortalecer a confiança do setor, o incremento sustentado desta importante carga agrícola no terminal é resultado também de um minucioso trabalho feito por nossos especialistas, com base em inteligência de mercado. A partir desses estudos, podemos definir estratégias comerciais que contribuem com as especificidades que o segmento algodoeiro exige”, acrescenta.

Hub da Wilson Sons em Salvador, além de infraestrutura completa para exportações de algodão, possui chancela socioambiental
Tecon Salvador e Centro Logístico da Wilson Sons, além de infraestrutura completa para exportações de algodão, têm selo ambiental da ABR-Log/Foto: Wilson Sons (Divulgação)

Selo ambiental para exportações de algodão

O Tecon Salvador e o Centro Logístico da Wilson Sons localizado a 15 km do porto funcionam integrados como unidade de negócio da operadora e possuem infraestrutura completa para a movimentação de algodão. O hub obteve recentemente a certificação do Programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários (ABR-Log).

O selo socioambiental chancela o hub na área de sustentabilidade, atestando a qualidade da preparação do algodão para a exportação, por meio da estufagem. Nesse processo, a carga é conteinerizada sem avarias ou contaminação.

Emitida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Associação Nacional dos Exportadores (Anea), a certificação faz parte do Cotton Brazil, iniciativa de promoção da fibra brasileira no mercado internacional.

Hub é chancelado pela Receita Federal

Guilherme Dutra frisa os investimentos realizados no hub para que ele também obtivesse a habilitação de Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex).

“Com essa chancela, a Receita Federal atesta que nossa unidade de negócio é um espaço onde o exportador conta com serviços especiais de manuseio e armazenagem de acordo com a necessidade logística de cada produto”, explica.

“A carga passa por todo o desembaraço aduaneiro, realizado por meio de conferência remota por parte da autoridade competente, oferecendo agilidade e segurança para os clientes”, detalha.

Quem é a Wilson Sons?

Maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, a Wilson Sons está no mercado há 186 anos. A companhia tem abrangência nacional e oferece soluções completas para 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros participantes em diversos segmentos da economia.

Leia mais sobre exportações de algodão

Agronegócio terá ferramenta de BI no Ceará

Guerra em Israel: risco de expansão do conflito ameaça economia do Nordeste

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -