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Porto do Recife conclui dragagem e a expectativa é de aumento de 25% na movimentação de carga

A conclusão da dragagem do Porto do Recife deve trazer 25% a mais de carga a ser movimentada na estatal.

A dragagem do Porto do Recife foi concluída e a expectativa da direção da estatal é de que ocorra um aumento de 25% na movimentação de carga depois que o ancoradouro passe a receber navios maiores com uma maior quantidade de mercadorias.  “Várias empresas estão nos sondando para trazer embarcações maiores, mas só podemos avançar com isso depois que a nova profundidade dos berços for oficializada pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM)”, explica o diretor de comercial e de operações do Porto do Recife, José Divard de Oliveira.

Para o leitor ter ideia, o calado (a profundidade para atracação) que era de 7,7 metros no terminal açucareiro deve ir para os 10 metros depois da dragagem; os berços de atracação 3,4 e 5 que tinham o calado de 9,20 metros a 9,70 metros vão ficar com 11 metros. Isso vai proporcionar os navios atracarem nos berços, mesmo quando estiverem mais pesados. 

A dragagem do Porto do Recife foi concluída
O fim da dragagem deve provocar um aumento de 25% na movimentação da carga do Porto do Recife

Iniciada em janeiro deste ano,  a atual dragagem custou cerca de R$ 27 milhões e foi bancada pelo governo federal. Depois que a dragagem é finalizada, é realizado um estudo de batimetria que indica em quantos metros está a profundidade em cada berço de atracação. Este relatório de batimetria é enviado ao CHM que depois faz a homologação indicando com quantos metros está cada berço. Somente depois desta etapa é que o Porto pode receber os navios que precisam de maior profundidade. 

Geralmente, a homologação é realizada até 90 dias depois que é entregue o relatório de batimetria ao CHM. “A nossa intenção é fazer uma gestão pra ver se este resultado pode sair em 45 dias”, conta Divard. No ano passado, o Porto do Recife movimentou 1,306 milhão de toneladas, das quais 1,034 milhão de toneladas foram de carga importada. As principais cargas movimentadas pela estatal são açúcar, malte de cevada, milho e material metalúrgico. 

Uma das cargas que também entram pelo Porto do Recife são os fertilzantes. “A movimentação do produto foi afetada pela guerra. Os produtores hoje estão com dificuldade de comprar e procurando navios maiores”, comenta Divard. 

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Porto do Recife, a necessidade constante da dragagem

A área de atracação do Porto do Recife recebe sedimentos de duas bacias: a do Rio Capibaribe e a do Rio Beberibe, principalmente quando chove. “O ideal seria termos uma dragagem a cada dois anos”, argumenta Divard. A última dragagem foi realizada em 2012.

A falta de dragagem deixa o Porto sem condições de receber navios que transportem mais carga. Isso é ruim porque estes navios transferem a sua operação para os portos vizinhos. 

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