A atualização do Plano Diretor visa reestruturar todo o planejamento físico-territorial e estratégico da empresa com vistas a um novo momento onde Suape pretende, sobretudo, se tornar um porto verde
Da redação
Suape vai revisar seu Plano Diretor e o consórcio formado pelas empresas TPF e Ceplan será responsável pelo desenvolvimento de estudos técnicos multidisciplinares. O investimento total do projeto é de R$ 6,8 milhões, preço vencedor da licitação. Os serviços serão executados num prazo de 15 meses a partir da assinatura da ordem de serviço, que deve ocorrer ainda este mês. Recursos são próprios.
A atualização do Plano Diretor visa reestruturar todo o planejamento físico-territorial e estratégico da empresa com vistas a um novo momento onde Suape pretende, sobretudo, se tornar um porto verde. Projetos envolvendo a produção de hidrogênio verde, que visam zerar a emissão de carbono, bem como a chegada da ferrovia Transertaneja (acesse aqui o podcast sobre este assunto), que terá seu trecho finalizado na Ilha de Cocai, e as inovações tecnológicas, são alguns dos movimentos que justificam a mudança no plano diretor.
Ao final do trabalho, são esperados, ao menos, 13 produtos, que incluem a atualização e complementação do cadastro das empresas, diagnóstico situacional, leitura da realidade, cenários alternativos, construção da visão de futuro, com plano urbanístico e atualização do leiaute portuário, entre outros relatórios que vão embasar o documento final. A gestão dos trabalhos será conduzida pela equipe da Diretoria de Planejamento e Gestão da estatal portuária.
Motivação
O Plano Diretor Suape 2030 foi elaborado em 2011, após o Complexo Industrial Portuário registrar o período de maior progresso de sua história. Na época, o Governo Estadual havia anunciado aportes de recursos em investimentos da ordem de R$ 710 milhões.
Mas os investimentos não chegaram a ser totalmente efetivados. Com a crise econômica instalada a partir de 2014, Pernambuco sofreu forte redução nas transferências federais, além de maior limitação de acesso ao crédito. Outras variáveis, como queda no Produto Interno Bruto (PIB) e alta no desemprego, mudaram alguns dos cenários previstos e diversos investimentos esperados ou iniciados não chegaram a ser concluídos ou foram retomados.
Essa realidade exigiu o redirecionamento do próprio modelo de desenvolvimento vigente. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, a iniciativa promoverá a atualização do conjunto de diretrizes, instrumentos e parâmetros que orientarão o desenvolvimento e a expansão do complexo no curto, médio e longo prazos.
“Isso ocorrerá de forma ordenada e ajustada à evolução da demanda sobre o Complexo de Suape, tanto no que se refere ao parque industrial do Estado, como ao transporte marítimo. Estamos fazendo tudo isso mirando a otimização na atração e implantação dos investimentos públicos e privados”, pontua Geraldo.
Para o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, as mudanças vão dotar a empresa de um instrumento normativo de planejamento e gestão territorial atualizado. “Queremos, desta forma, promover o crescimento sustentável de Suape, com a conservação integrada do patrimônio ambiental e cultural em todo o território do Complexo Industrial Portuário”,