Soluções financeiras para PMEs alimentam o crescimento da Justa

Fintech Justa desenvolve, no Bairro do Recife, mais de 90% da tecnologia usada no desenvolvimento de soluções financeiras
Co-fundadores da Justa, Felipe Bonezi e Eduardo Vils. Foto: Divulgação

Transformar as dores das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) em facilidades na área financeira, oferecendo inclusive crédito, fez a Justa crescer num ritmo veloz desde que foi fundada em 2018. Depois de seis anos de fundação, a fintech tem uma previsão de faturar cerca de R$ 50 milhões este ano. E a previsão para 2025 é faturar três vezes mais. A empresa faz parte do Porto Digital e tem duas sedes, uma no Recife e outra em São Paulo.

E a expectativa é que a movimentação financeira da empresa em 2025 seja cinco vezes maior do que a registrada em 2024. “O nosso foco são as PMEs, que são clientes parecidos com as pessoas físicas, mas têm desejos diferentes. E por ser pessoa jurídica, geralmente, paga caro”, resume o CEO da Justa, Eduardo Vils. “Percebemos as dores que os empreendedores têm e queremos oferecer soluções. Os principais bancos não desenham soluções para PMEs”, diz ele.

Para se ter ideia deste mercado, as PMEs são responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, respondem por 80% do emprego, mas só têm acesso a 7,5% do crédito.

A Justa oferece soluções que incluem um crédito em cartão, conta digital, maquininha que recebe os cartões, criação de links de pagamento, múltiplas formas de pagamento e gestão completa do fluxo de financeiro. As PMEs são as empresas que apresentam um faturamento que variam entre R$ 15 mil mensais a R$ 400 mil também por mês.

O score da Justa

Para dar o crédito à empresa, a fintech faz um score (dando uma nota) para a empresa obter um crédito que considera justo. Tudo isso usando tecnologia feita pela própria companhia e uma parte produzida no Bairro do Recife. “Quanto mais a empresa usa o cartão em atividades que têm a ver com o seu negócio, melhora o score”, explica Eduardo. O crédito oferecido no cartão não paga juros, mas se ficar inadimplente é cobrado 40% mais barato do que os bancos tradicionais. No Brasil, os juros do cartão de crédito tradicionais são muito altos.

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A empresa também oferece o crédito colateralizado, que tem uma garantia colateral. Isso significa que está sendo levado em conta a movimentação financeira da empresa e também o quanto ela tem a receber. A empresa está há dois anos oferecendo crédito e já recuperou mais de 90% do que foi emprestado.

A Justa tem 12 sócios que trabalham na empresa, incluindo três sócios que ficam no Recife, são pernambucanos e dois deles atuam na área de tecnologia. “Cerca de 90% das tecnologias que usamos são produzidas no Recife antigo”, conta o CTO e co-fundador da empresa, Felipe Bonezi. A empresa faz parcerias com o Cesar e investe muito na área de segurança da informação.

Felipe acredita que ainda tem muito espaço para as soluções desenvolvidas pela empresa. “A digitalização da PMEs não está na mesma velocidade da pessoa física, que é mais de 50%. A PMEs estão em 20%”, comenta Felipe. A Justa emprega cerca de 100 pessoas e 52% do seu time é da área de tecnologia

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