A Connectoway Solar é o novo braço da Connectoway, empresa de soluções e tecnologias, focada no mercado nacional de provedores de internet (ISPs). Fundada há 22 anos no Recife, ela aproveita a expertise com importações de equipamentos para seus clientes e a estrutura administrativa e de logística, instaladas no Recife, e na cidade do Cabo de Santo Agostinho, para atingir um nicho ainda pouco explorado pelos empreendedores da energia solar: o segmento premium.
A proposta é alicerçada na parceria com grandes fornecedores de painéis fotovoltaicos, classificados com padrão Tier 1 – uma certificação baseada na estabilidade dos fabricantes que favorece o financiamento dos sistemas solares pelos bancos. Entre eles estão as marcas chinesas Longi e Trina, que ficam em 1º e 2º lugares no pódio mundial.
Além disso, os sócios da empresa convidaram um dos pioneiros no mercado de energia solar, Luzer Oliveira, que atua desde 2014 no segmento, para ser sócio e comandar o novo empreendimento. Inaugurada em agosto, com um investimento inicial de R$ 30 milhões, a Connectoway Solar começa atendendo o Nordeste mas em 2023 quer alcançar as regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte da Norte, mais precisamente os estados do Pará e do Tocantins. A meta para 2022 é atingir um faturamento de R$ 65 milhões, até dezembro. À medida que o dinheiro for entrando no caixa da empresa, ele irá realimentar a operação, com a aquisição de estoques para atender à demanda.
A expectativa mostra o quanto os investidores acreditam no calor deste mercado que vem batendo recordes de geração de energia no país, já produz 18 GW, e ainda tem muito espaço para crescer. O marco regulatório da micro e minigeração distribuída, aprovado este ano pelo Congresso Nacional, e a expansão das linhas de transmissão apontam para a aceleração do avanço dos negócios que giram em volta do sol no Brasil.
Formiguinhas da energia fotovoltaica
A Connectoway Solar não atende o consumidor final, seu público-alvo é formado pelos integradores, as cerca de 20 mil empresas que instalam os sistemas solares no país, em residências, empresas, prédios públicos e terrenos próprios ou de clientes que investem na geração própria de energia. Os integradores formam um exército de pequenas empresas que vem ampliando a geração solar, acelerada após a crise hídrica que elevou a conta de luz no ano passado.
“O nosso público premium é o dos integradores que estão em busca de equipamentos premium, com o melhor preço. Para atendê-los, buscamos fornecedores com preços mais competitivos, que ficam de 3% a 10% acima do valor dos equipamentos de segunda linha, com qualidade técnica aceitável”, explica o Head da Connectoway Solar, Luzer Oliveira.
Para estes clientes, a empresa também se compromete a resolver uma das dores dos integradores: a assistência técnica dos equipamentos produzidos na China. “Vamos cuidar de todo o pós-venda, incluindo a garantia. Toda a assistência será conosco e não com um fabricante chinês”, assegura o Head.
Somado a esse diferencial, a Connectoway Solar também dará consultoria aos clientes e capacitações a fim de que eles possam estar preparados para crescer no mesmo ritmo do mercado de energia solar, um dos mais acelerados dos últimos anos.
Um dos pioneiros neste mercado, Luzer conta que em 2014, quando começou, muita gente admirava o nicho solar, como energia renovável e limpa, mas poucos resolviam investir nele porque os custos eram até cinco vezes maiores que hoje.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que Brasil acaba de atingir 18 GW de potência instalada e o mercado continua em forte crescimento, com um incremento mensal médio de 1 GW a cada mês. As residências representam 52% dos sistemas fotovoltaicos adicionados no ano passado.
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