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Portomídia, no Recife, terá R$5,48 milhões do Fundo Cultural do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar o Portomídia – Centro de Empreendedorismo e Tecnologias de Economia Criativa, no Bairro do Recife, centro histórico da capital pernambucana, com um investimento não reembolsável de R$ 5,48 milhões de recursos do Fundo Cultural do banco. A iniciativa faz parte do programa Resgatando a […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar o Portomídia – Centro de Empreendedorismo e Tecnologias de Economia Criativa, no Bairro do Recife, centro histórico da capital pernambucana, com um investimento não reembolsável de R$ 5,48 milhões de recursos do Fundo Cultural do banco.

Portomídia, polo de fomento à economia criativa, no Recife/PE – Foto:Daniela Nader/Divulgação.

A iniciativa faz parte do programa Resgatando a História, do BNDES, e possibilitará a ampliação da capacidade de atendimento do centro, o restauro do imóvel e a modernização de suas instalações. A sede, um importante polo de tecnologia, criatividade e empreendedorismo, visa o fomento e fortalecimento de seis campos da economia da cultura: games, cinevideoanimação, multimídia, design, fotografia e música. O investimento do BNDES vai garantir o aumento da área destinada a empresas embarcadas no Parque Tecnológico.

A edificação faz parte do conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico tombado do Bairro do Recife. O processo de restauração, além da preservação das características históricas e culturais do ambiente, permitirá o desenvolvimento do Portomídia como um espaço de difusão do desenvolvimento sustentável. “O projeto de reforma e ampliação do Portomídia contribui não apenas para a preservação, valorização e revitalização do centro histórico do Recife, mas também soma esforços para a dinamização econômica local por meio da economia criativa, trazendo ainda desenvolvimento tecnológico para a região Nordeste e reduzindo as desigualdades regionais”, afirmou Bruno Aranha, Diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES.

O projeto de restauração prevê a melhoria estrutural e de instalações do local, além da adaptação dos andares para ampliação dos espaços de coworking a fim de fomentar a criação, a atração e o fortalecimento de negócios de Economia Criativa intensivos em tecnologias digitais. Serão implementados laboratórios de produção audiovisual, ampliados os de pós-produção audiovisual e atualizados os equipamentos do parque tecnológico da instituição.

Portomídia, braço do Porto Digital

O Porto Digital foi criado em 2000 pelo Governo do Estado de Pernambuco como projeto de estímulo ao empreendedorismo e à inovação. Ele foi instalado no centro histórico do Recife como um incentivo à revitalização urbana da localidade.

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Inaugurado em 2013, o Portomídia é voltado para a Economia Criativa e é também um braço do Porto Digital, polo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que renovou o Bairro do Recife. O Portomídia está inserido num setor com alta proporção de empregos de qualidade, onde trabalham profissionais qualificados na área de audiovisual, e contribui diretamente na produção do cinema nacional.

Ele também colabora para a ampliação da participação do Nordeste na produção nacional da economia criativa, colaborando para a redução das desigualdades regionais. As metas de crescimento do Porto Digital preveem a geração de cerca de 12.000 novas vagas até 2025, totalizando 20.000 empregos nas áreas de TIC e Economia Criativa.

Resgatando a História

O Resgatando a História é uma ação conjunta entre o BNDES, AMBEV, EDP, MRS, Instituto Neoenergia e Instituto Cultural Vale. Ela viabilizará o apoio a 21 projetos de restauro e revitalização do patrimônio histórico nacional escolhidos por meio de uma seleção pública.

“O Resgatando a História é o maior programa de preservação de patrimônio histórico já realizado no Brasil congregando esforços das iniciativas público e privada, que poderá gerar mais de R$ 300 milhões de investimentos em patrimônio histórico”, declarou Aranha.

Os aportes do Banco são provenientes do BNDES Fundo Cultural e serão feitos por meio de financiamentos não reembolsáveis, ou seja, sem necessidade de pagamento de volta, desde que sejam cumpridas as finalidades do projeto e as condições estabelecidas no contrato. Os valores poderão contar com incentivos fiscais da Lei Federal de Incentivo à Cultura desde que os projetos obtenham aprovação no Programa Nacional de Incentivo à Cultura (PRONAC), o que será condição prévia para a aprovação final e o desembolso dos recursos.

O financiamento do BNDES é complementar e proporcional ao montante captado por cada projeto. Os do Norte e Nordeste poderão contar com maior participação financeira do BNDES. Isso reflete as regras da seleção, que buscam estimular as iniciativas de regiões com mais dificuldade de captação.

O BNDES é um dos maiores e mais permanentes apoiadores do patrimônio histórico brasileiro: ao longo dos últimos 24 anos, investiu mais de R$ 600 milhões para projetos de restauro, preservação e revitalização de cerca de 200 monumentos localizados em todas as regiões do país.

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