Etiene Ramos
O Ceará irá ganhar o primeiro Hard Rock Hotel do país no próximo ano. O Residence Club at the Hard Rock Hotel Fortaleza, em construção na praia de Alagoinha, será também o primeiro do Nordeste, região que aguarda o lançamento de outros três hotéis da bandeira americana em resorts.
Sem divulgar a localidade exata por questões estratégicas, a incorporadora VCI SA, responsável pelos hotéis da marca no Brasil, adianta que um será em Pernambuco e outro no Rio Grande do Norte, ficando a cerca de 40 quilômetros das respectivas capitais, Recife e Natal. O terceiro será em Jericoacoara, também no Ceará. Os lançamentos ainda não têm datas mas um deles, segundo a empresa, será até o final de 2022.
A VCI SA está construindo também o Hard Rock Hotel Ilha do Sol, numa ilha na divisa entre São Paulo e Paraná; e até julho dará início ao retrofit de um prédio na Avenida Paulista, em São Paulo, trazendo a versão urbana da grife que oferece exclusividade, lifestyle, luxo e conforto a turistas do mundo inteiro. Outros empreendimentos estão previstos para Campos do Jordão, também em São Paulo, e Foz do Iguaçú, no Paraná.
Hard Rock Hotel por multipropriedade
A bandeira emplaca no Brasil o modelo de multipropriedade em investimentos imobiliários onde cada unidade é vendida em frações e pode ter até 26 donos. O Head de Relacionamentos e Business Intelligence da VCI SA, Enio Miranda, explica que ao comprar uma fração, o proprietário ganha duas semanas de hospedagem por ano no próprio imóvel ou em qualquer um dos 4.300 destinos da rede Hard Rock espalhados no mundo. Se preferir, poderá alugar suas duas semanas pelo pool da administradora do hotel.
O modelo tem mostrado uma rentabilidade bem acima do mercado. No lançamento do Residence Club at the Hard Rock Hotel Fortaleza, há três anos, uma fração no padrão Deluxe Room Master custava R$37.900,00 e hoje a mesma fração está cotada em R$82.900,00 – uma valorização de 119%. A VCI, como incorporadora em hotelaria, negocia as frações via parceiros comerciais, franqueados e promotores, e o dono pode vender sua fração a quem quiser. “É exatamente igual a comprar um apartamento residencial. A diferença da lei da multipropriedade, criada em dezembro de 2018, é que na fração não se é dono 100% do tempo. É uma casa de férias que pode ser usada durante duas semanas por ano. A lei dá solidez ao modelo de negócio”, explica o Head de Relacionamentos e Business Intelligence da VCI SA, Enio Miranda, acrescentando que a própria VCI SA pode comprar a fração de volta.
Fotos: Divulgação-Magnetica