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Projetos de H2V com investimentos de R$ 77,3 bi vão sair do papel em 2025

Os R$ 77,3 bilhões em investimentos são em seis projetos de H2V que estão mais adiantados. Cinco estão no Nordeste
Hidrogênio Verde H2V produção cadeia
O marco legal do hidrogênio já foi aprovado, mas falta a regulamentação. Foto: Ari Versiani/EDP/Divulgação

O ano de 2025 surge com perspectivas positivas para o setor de hidrogênio verde, o H2V, no Brasil. A Associação Brasileira do Hidrogênio Verde (ABIHV) informa que pelo seis grandes projetos do setor vão dar mais alguns passos no sentido de sair do papel este ano. Eles totalizam um investimento de R$ 77,3 bilhões e vão inaugurar, no País, em grande escala uma nova indústria, apontada como o futuro para a descarbonização da economia.

Dos seis projetos, cinco estão no Nordeste e um no Sudeste, mais precisamente em Minas Gerais. Entre os Estados nordestinos, três projetos estão no Ceará, um no Piauí e um em Pernambuco. “Estes são os projetos mais adiantados. E alguns vão tomar a decisão final de investimento este ano”, comenta a diretora executiva da ABIHV, Fernanda Delgado.

Os seis projetos citados acima são os seguintes com os seus respectivos investimentos: o da Fortescue, no Complexo do Pecém, no Ceará, (R$20 bilhões); o da Casa dos Ventos – também no Pecém, CE, (R$12 bilhões); o da European Energy em Suape, PE, (R$ 2 bilhões); o Atlas Agro em Uberaba, em MG, (5 bilhões) ; o da Voltalia, também em Pecém, CE, (R$9 bilhões) e o da Solatio, no Parnaíba, PI, com um aporte de R$29,3 bilhões.

No total, o setor tem a previsão de investimentos da ordem de R$ 188,7 bilhões no Brasil, numa estimativa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Para estes empreendimentos saírem do papel dependem de vários fatores”, comenta Fernanda. No ano passado, foi aprovado o marco legal do hidrogênio de baixo carbono no Brasil, que estabeleceu um subsídio de R$ 18,3 bilhões para as fábricas do setor. “A regulamentação vai definir como esses recursos serão distribuídos”, comenta Fernanda.

A regulamentação está sendo feita pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. O setor também pode trazer de volta ao Brasil as fábricas de fertilizantes. Atualmente, o Brasil importa mais de 90% dos fertilizantes que utiliza. Este produto é feito a partir do gás natural – que é fóssil – e a sua produção se concentrou nos países em que consegue produzir o mesmo de forma mais barata.

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Diretora da ABIHV, Fernanda Delgado, fala sobre os investimentos previstos no setor de hidrogênio verde

Investimentos do hidrogênio verde (H2V)

O setor de hidrogênio verde (H2V), que utiliza fontes renováveis tem projetos previstos que somam R$188,7 bilhões em investimentos, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Eles representam uma verdadeira transformação econômica e ambiental, consolidando o Brasil como protagonista da transição energética global, com impacto em geração de empregos, inovação tecnológica e atração de novos negócios”, afirma Fernanda Delgado.

Ela também argumenta que o Brasil tem o potencial para liderar esse mercado globalmente, aproveitando a matriz energética limpa e os incentivos trazidos pelo Marco Legal do Hidrogênio e pelo Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). Os subsídios previstos para serem concedidos ao setor de R$ 18,3 bilhões (em créditos fiscais) deve ocorrer entre 2028 e 2032.

*Com informações da ABIHV.

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