Com 25 quilômetros de extensão, o gasoduto que irá interligar o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) e o Complexo Termelétrico da Eneva até a malha de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG) teve emitida a Licença de Operação (LO) necessária ao início das suas atividades.
A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) concluiu o licenciamento ambiental do empreendimento após uma sequência de vistorias técnicas às obras. A malha do gasoduto passa pelos municípios de Barra dos Coqueiros, Rosário do Catete e Santo Amaro das Brotas.
A construção do gasoduto de interligação demandou um investimento de R$ 340 milhões e criou mais de 500 empregos, dos quais, 70% foram ocupados por trabalhadores sergipanos. Além disso, a obra iniciada em 2023 gerou movimentação para a economia local, com o aluguel de equipamentos, contratação de serviços especializados e de insumos para manutenção de canteiros e da construção.
De acordo com a TAG, o gasoduto já foi concluído. No momento está em curso a fase final de implantação da infraestrutura de acesso na superfície, necessárias para a entrada e saída de gás na rede. Para a interligação foram fabricados aproximadamente 2.400 tubos, com 12 metros de extensão e 24 polegadas de diâmetro cada. A empresa que conduziu as obras foi a Spiecapag Intech Engenharia e a ação faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
O projeto compreendeu a construção de uma tubovia com capacidade para transportar 14 milhões de metros cúbicos do produto por dia, e possui ainda pontos de entrada e saída, incluindo as infraestruturas de acesso necessárias.
Gasoduto para o Nordeste
Iniciadas em 2023, as obras fortalecem a posição de Sergipe como uma alternativa ao abastecimento da região Nordeste e restante do país através de uma rede integrada de transporte, conectando novas fontes de suprimento à malha integrada de transporte de gás natural.
O Governo de Sergipe apoiou a construção do gasoduto por meio da concessão de incentivo fiscal, aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial de Sergipe (CDI) para aquisição dos tubos fabricados. Enquadrado no Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), o incentivo reduziu os custos de material, e consequentemente o valor do investimento para a obra, resultando em uma tarifa de transporte mais competitiva e favorecendo a atração de operações para o terminal de GNL da Eneva.
De acordo com a engenheira de petróleo Juliana Barreto, técnica da Adema, cada aspecto do projeto foi analisado para a concessão da licença, no sentido da correspondência ao que está em execução. “Também analisamos a parte documental para a liberação da licença de operação. O projeto tem ao menos 20 Programas Básicos Ambientais (PBAs) previstos, e avaliamos que todos estão em conformidade com o que prevê a norma da atividade”, explicou.
*Com informações do Governo de Sergipe
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