Economia de baixo carbono: sai licença para hub de 1.265 hectares no CE

Licença prévia emitida nesta quarta-feira (25) pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente vai agilizar o processo para as empresas que estão se instalando no Hub do H2V, na ZPE do Porto do Pecém, que trabalha para ocupar posição de destaque mundial na economia de baixo carbono
Economia de baixo carbono avança no Porto do Pecém, com a licença prévia da Semace para o Hub de H2V
Economia de baixo carbono avança mais uma etapa no Ceará, com a licença prévia para o Hub de H2V do Pecém, emitida durante o Fiec Summit 2023

A plataforma para a economia de baixo carbono que o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A) vai implantar, com previsão de investimentos privados de US$ 8 bilhões, teve a licença prévia concedida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) nesta quarta-feira (25). O chamado Hub do Hidrogênio Verde terá 1.265 hectares, o equivalente a mais de 1.200 campos de futebol.

A autorização prévia para o projeto – onde serão instaladas indústrias de H2V, amônia verde e outros subprodutos, além de parques de tancagem e um corredor logístico – marca mais uma etapa no licenciamento do Hub de Hidrogênio Verde do Pecém. O objetivo do empreendimento é transformar o Ceará em líder nacional e player global na produção e distribuição de hidrogênio verde e derivados.

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“Com a licença prévia, conseguimos agilizar o processo para as empresas da economia de baixo carbono que estão se instalando no Complexo do Pecém. Elas ganham agilidade para avançar nos seus processos”, destaca o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo.

Economia de baixo carbono

No início de setembro deste ano, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) já havia aprovado, em sua 309ª reunião ordinária, a implementação do Hub de H2V. A votação teve 20 votos a favor, quatro votos contra e uma abstenção.

Na reunião, o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, destacou que o Ceará “faz história de forma planejada e organizada na economia de baixo carbono, criando as condições para atração de investimentos”.

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“Nesse projeto, que utilizará uma área da nossa Zona de Processamento de Exportação, a ZPE Ceará, as empresas terão a oportunidade de iniciar o processo na etapa de licença de instalação, visto que todo estudo da área já foi realizado”, acrescenta o gestor.

“Além disso, o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório) foi aprovado com mais de 25 planos e programas para mitigação dos impactos ambientais, o que potencializa os impactos positivos do hub na sustentabilidade”, ressalta Carlos Alberto Mendes.

O EIA/Rima do Hub de H2V foi apresentado em audiência pública realizada em julho passado, no Porto do Pecém. Inédito no Brasil, o estudo foi elaborado pela MRS Estudos Ambientais, que presta consultoria ao complexo portuário.

Confira os números do Hub de H2V

O Hub de H2V soma até agora 33 memorandos de entendimento e quatro pré-contratos assinados entre o governo do estado e empresas privadas. Essas intenções de investimento, junto com os aportes de US$ 90 milhões que serão realizados pela autoridade portuária em infraestrutura para a cadeia do hidrogênio verde, posicionam o Ceará na liderança da corrida pelo “combustível do futuro” no Nordeste.

Conheça o hidrogênio verde e seu papel na economia de baixo carbono

O hidrogênio verde é obtido por meio da eletrólise da água e a sua produção deve ser carbono zero em todas as etapas, o que inclui a exigência de utilização de energia 100% limpa e renovável – como solar, hídrica ou eólica – para que seja homologado pelas entidades internacionais do setor. Na eletrólise, os átomos de hidrogênio da água são separados do oxigênio por meio de corrente elétrica, gerando o H2V.

O insumo, em sua versão sustentável, é considerado essencial para a descarbonização do planeta, já que o hidrogênio é uma matéria-prima imprescindível e utilizada em larga escala em diversos setores industriais, desde o segmento de alimentos até fertilizantes, entre outros.

Porém 96% da produção mundial atual é resultante de métodos poluentes, responsáveis pela geração de 830 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o correspondente a 2% das emissões anuais de CO2 em todo o mundo.

Ao adotar um processo de produção limpo, a fabricação do hidrogênio verde (H2V) a partir da água – ou de etanol – tem se mostrado uma alternativa promissora na transição energética global para a economia de baixo carbono.

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