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US$ 12,95 bilhões em plantas de H2V para o Ceará

Etiene Ramos Depois de assinar ontem (06) um memorando de entendimentos com a francesa Qair para o desenvolvimento de uma planta de hidrogênio verde (H2V) que prevê investimentos de US$ 6,95 bilhões, o governador do Ceará, Camilo Santana, formalizou nesta quarta-feira (07) com a Fortescue Future Industries PTy (FFI) outro documento para a instalação de […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Etiene Ramos

Depois de assinar ontem (06) um memorando de entendimentos com a francesa Qair para o desenvolvimento de uma planta de hidrogênio verde (H2V) que prevê investimentos de US$ 6,95 bilhões, o governador do Ceará, Camilo Santana, formalizou nesta quarta-feira (07) com a Fortescue Future Industries PTy (FFI) outro documento para a instalação de mais uma fábrica de HV2, orçada em US$ 6 bilhões – somando US$ 12,95 bilhões em investimentos anunciados de energia limpa no Estado.

Camilo Santana, ao centro, com representantes do governo, da Indústria e da Universidade Federal do Ceará, no anúncio do investimento da Qair de US$ 6,95 bilhões

A Qair tem interesse em implantar o Complexo Eólico Offshore Dragão do Mar com capacidade instalada para gerar 1.215GW de energia elétrica, na costa da cidade de Acaraú, e ainda uma planta de eletrólise com capacidade de 2.240 MV que prevê a produção de cerca de 296 mil toneladas de H2V. Na construção estão previstos 2000 empregos diretos e 600 quando os projetos estiverem em plena operação, a partir de 2023. O presidente da Qair Brasil, Armando Abreu, afirmou que com o apoio do Governo do Ceará, e das instituições, os investimentos anunciados serão realizados. “Realmente é um momento muitíssimo importante para Qair; é mais um passo na continuação dos investimentos e da estratégia de desenvolvimento da Qair no Brasil, e no Ceará, onde fica nossa sede brasileira, e vamos continuar aqui e concretizar todos esses investimentos”, informou.

Já a FFI, subsidiária do australiano Fortescue Metals Group, planeja instalar sua fábrica no Porto de Pecém, onde poderá produzir 15 milhões de toneladas de H2V até 2030. Durante a instalação devem ser gerados 2.500 empregos diretos e 800 com o início das operações em 2025.

Em maio passado, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, anunciou a instalação da Planta de Hidrogênio Verde de Pernambuco, um investimento da Qair que pode atingir US$ 3,8 bilhões, no Complexo Industrial e Portuário de Suape. O projeto prevê a implantação de quatro conjuntos de eletrolisadores de água em áreas localizadas no Porto de Suape, em quatro fases de implantação.

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Etanol na cadeia do H2V

Com o Ceará e Pernambuco saindo na frente nos projetos de implantação de fábricas de H2V no Nordeste, o chamado combustível do futuro e fonte de energia limpa para cumprimento do acordo de Paris para a redução de emissões de gás carbônico até 2050 no planeta, o setor sucroalcooleiro vê grandes oportunidades de interação. 

Renato Cunha prevê mais negócios para o etanol

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o etanol,  pode entrar nos processos de H2V por ser não poluente, está sendo estudado pelas montadoras, como Nissan e Volkswagen, para ser usado com células de combustível que irão gerar energia em futuros carros elétricos. “Os carros serão abastecidos com etanol, um combustível limpo, que irá acionar a produção de eletricidade, com zero de gás carbônico e muito mais rapidez para abastecer do que no modelo atual dos veículos elétricos”, declara Cunha.

Para ele, o mundo  terá que compor um balanço entre as energias limpas que vão se conjugar entre as menos perenes, intermitentes, como a eólica e a solar, com outras como a do etanol. “Todas as que têm hidrogênio serão complementares para produzirmos energias limpas. Nosso setor está procurando se integrar com o H2V. É uma oportunidade para quem tem vocação para o agronegócio do futuro”, encerra o presidente do Sindaçúcar-PE.

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