O saldo de empregos formais em abril, divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), alcançou 240.033 postos de trabalho gerados no mês. O saldo é o melhor para o mês, desde 2013, e supera abril de 2023, quando foram gerados 180.005 postos formais de trabalho. A geração foi positiva em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).
Com isso, o estoque total recuperado para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no mês foi de 46.475.700 postos de trabalho formais, acumulando no ano um saldo de 958.425 postos de trabalho, o melhor desde 2010, positivo nos 5 grandes grupamentos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. Se consideramos os últimos 12 meses, a geração alcança 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a geração de empregos permite que o Banco Central continue com a redução da taxa básica de juros, hoje em 10,5%. O ministro afirmou que no ano que vem o Brasil deve alcançar mais de 47 milhões de empregos com carteira assinada.
Ele aproveitou também para comentar o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, que apontou que a taxa de desocupação ficou em 7,5% entres os meses de fevereiro e abril, a menor taxa de desocupação para o período desde 2014.
Números do Caged
O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%, com destaque para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127)
A Indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor gerador de empregos no mês, com destaque para a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).
Em seguida veio a Construção Civil, com geração de 31.893 postos (+1,12%); o Comércio, que gerou 27.272 postos de trabalho (+0,27%); e a Agropecuária, que registrou saldo positivo de 6.576 postos formais (+0,36%), destaque para o cultivo de café (+6.308), especialmente no Espírito Santo (+2.541) e Minas Gerais (+2.038) e o cultivo de Laranja (+4.644), especialmente em São Paulo (+3.733).
Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.
Acumulado do ano
Nos 958.425 postos de trabalho gerados no ano, o maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 556.607 postos formais (58,1% do saldo). O destaque ficou para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+219.686) e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+202.820).
A Indústria veio em seguida, com saldo de 191.358 postos, com destaque para a fabricação de veículos automotores (+17.250) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+15.843). A Construção gerou +141.428 postos formais de trabalho, o Comércio, que segue tendo boa recuperação, gerou 42.936 postos de trabalho. A Agropecuária também positiva, apresentou saldo de 26.097 postos de trabalho, com destaques para o cultivo de café (+7.928), de maçã (+3.568) e produção de sementes (+3.335).
Entre os estados, o maior saldo do acumulado dos quatro primeiros meses do ano foi registrado em São Paulo, 287.968 (2,1%), Minas Gerais, com geração de 113.971 postos (2,4%), e Paraná, que gerou 87.838 postos formais no ano (2,8%). As unidades que apresentaram menor geração foram Alagoas (-13.182), Paraíba (+1.321) e Sergipe (+2.354).
Salários
O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.126,16, um crescimento de R$ 36,96 (+1,8%) em comparação com o valor de março (R$ 2.089,20). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 45,43 (+2,2%).
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