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Caged: com 240 mil novas contratações em abril, ano é o melhor desde 2010

Acumulado no 1º quadrimestre tem saldo positivo de 958.425 carteiras assinadas. Nos últimos 12 meses, Caged mostra saldo de 1.701.950 empregos formais
Caged abril 2024 carteira assinada
Maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 556.607 postos formais de janeiro a abril. Foto: Tomaz Silva/EBC

O saldo de empregos formais em abril, divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), alcançou 240.033 postos de trabalho gerados no mês. O saldo é o melhor para o mês, desde 2013, e supera abril de 2023, quando foram gerados 180.005 postos formais de trabalho. A geração foi positiva em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).

Com isso, o estoque total recuperado para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no mês foi de 46.475.700 postos de trabalho formais, acumulando no ano um saldo de 958.425 postos de trabalho, o melhor desde 2010, positivo nos 5 grandes grupamentos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. Se consideramos os últimos 12 meses, a geração alcança 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a geração de empregos permite que o Banco Central continue com a redução da taxa básica de juros, hoje em 10,5%. O ministro afirmou que no ano que vem o Brasil deve alcançar mais de 47 milhões de empregos com carteira assinada.

Ele aproveitou também para comentar o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, que apontou que a taxa de desocupação ficou em 7,5% entres os meses de fevereiro e abril, a menor taxa de desocupação para o período desde 2014.

Números do Caged

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%, com destaque para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127)

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A Indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor gerador de empregos no mês, com destaque para a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).

Em seguida veio a Construção Civil, com geração de 31.893 postos (+1,12%); o Comércio, que gerou 27.272 postos de trabalho (+0,27%); e a Agropecuária, que registrou saldo positivo de 6.576 postos formais (+0,36%), destaque para o cultivo de café (+6.308), especialmente no Espírito Santo (+2.541) e Minas Gerais (+2.038) e o cultivo de Laranja (+4.644), especialmente em São Paulo (+3.733).

Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.

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Acumulado do ano

Nos 958.425 postos de trabalho gerados no ano, o maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 556.607 postos formais (58,1% do saldo). O destaque ficou para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+219.686) e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+202.820).

A Indústria veio em seguida, com saldo de 191.358 postos, com destaque para a fabricação de veículos automotores (+17.250) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+15.843). A Construção gerou +141.428 postos formais de trabalho, o Comércio, que segue tendo boa recuperação, gerou 42.936 postos de trabalho. A Agropecuária também positiva, apresentou saldo de 26.097 postos de trabalho, com destaques para o cultivo de café (+7.928), de maçã (+3.568) e produção de sementes (+3.335).

Entre os estados, o maior saldo do acumulado dos quatro primeiros meses do ano foi registrado em São Paulo, 287.968 (2,1%), Minas Gerais, com geração de 113.971 postos (2,4%), e Paraná, que gerou 87.838 postos formais no ano (2,8%). As unidades que apresentaram menor geração foram Alagoas (-13.182), Paraíba (+1.321) e Sergipe (+2.354).

Salários

O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.126,16, um crescimento de R$ 36,96 (+1,8%) em comparação com o valor de março (R$ 2.089,20). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 45,43 (+2,2%).

Leia mais: Taxa de desemprego fica em 7,5%, a menor para o trimestre desde 2014

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