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NE tem segundo melhor resultado em vagas com carteira assinada

Por Juliana Albuquerque Em um movimento oposto ao que acontece no mercado de trabalho geral no Nordeste, que traz Pernambuco e Bahia com a maior taxa de desocupação do Brasil – 23,1% – a criação de postos formais com carteira assinada da região foi a segunda maior do País, segundo última Pnad trimestral do IBGE […]

Por Juliana Albuquerque

Em um movimento oposto ao que acontece no mercado de trabalho geral no Nordeste, que traz Pernambuco e Bahia com a maior taxa de desocupação do Brasil – 23,1% – a criação de postos formais com carteira assinada da região foi a segunda maior do País, segundo última Pnad trimestral do IBGE referente ao primeiro trimestre de 2021. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) de maio, divulgados hoje pelo Ministério da Economia, o Nordeste criou no período 37,2 mil vagas.

Na região, o ranking dos estados que mais contrataram com carteira assinada em maio, segundo o Caged, foram a Bahia, com um saldo positivo de 10 mil vagas abertas; Pernambuco, com 7,8 mil; e Ceará, com 4,2 mil postos de trabalho com carteira assinada criados em maio.

Em sua análise dos dados, o economista Rafael Ramos explica que os bons resultados não apenas de Pernambuco, mas em todo o Brasil, que fechou o mês de maio com um saldo positivo de 280,6 mil postos de trabalho formal, foi influenciado pelo movimento sazonal. “Em maio teve uma data importante para o comércio e serviços, que foi o Dia das Mães, que acabou por se desdobrando na geração de emprego formal no período”, explica o economista. Ainda de acordo com Ramos, esse movimento pode ser explicado também pelo bom desempenho de quase todos os setores da indústria no período, setor que responde diretamente à demanda do consumo do comércio.

Sobre a discrepância entre os dados apresentados pelo Caged e a Pnad, o economista explica que os cálculos do IBGE levam em consideração as pessoas que mesmo empregadas estão procurando emprego. “Hoje em dia, mesmo quem está empregado tem uma renda muito baixa para o custo de vida das famílias, o que faz com que ela esteja sempre à procura de emprego. Além disso, antes, uma pessoa empregada em casa dava conta das despesas, o que não se confirma atualmente. Com um custo de vida maior, pressionado pela inflação nos segmentos de alimentação, transporte e habitação, mais gente da mesma família tem que procurar emprego para ajudar a manter as contas da residência. Isso acaba fazendo com que o Caged e Pnad se descolem tanto um do outro em termo de resultados”, explica Rafael Ramos.

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