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Comer fora custa até 73% do salário mínimo por mês nas capitais do NE

No Nordeste, comer fora representa gasto médio de R$ 49,09, sendo o segundo maior valor entre as regiões, ficando atrás apenas do Sudeste, com R$ 54,54
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Comer fora no Nordeste: Teresina tem a refeição mais barata enquanto Natal tem a mais cara, revela pesquisa. Foto: Agência Brasil/Arquivo

Teresina tem a menor média de preço de refeições entre todas as capitas brasileiras analisadas, enquanto Salvador, Recife, Maceió e Natal ficam com o valor acima da média nacional. O preço médio das refeições teve um crescimento maior que o salário mínimo desde 2019, 49% contra 41%, segundo a pesquisa + Valor, feita pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) junto a Ticket.

O valor médio nacional da alimentação completa, que é composta pelo prato, bebida, sobremesa e café, subiu de R$ 34,62 em 2019 para R$ 51,61 em 2024. Enquanto isso o salário mínimo cresceu de R$ 998 cinco anos atrás, hoje está em R$ 1.412, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Esse valor pode fazer com que um trabalhador que recebe um salário mínimo e não tem o vale-refeição, gaste até 73% do seu salário só com refeições de segunda a sexta durante o mês.

No Nordeste, o valor da refeição completa fica em média R$ 49,09, sendo a segunda maior média entre as regiões, ficando atrás apenas do Sudeste com R$ 54,54. Entre as capitais dos estados da região, Natal é a cidade com o almoço mais caro em média, custando R$ 56,18 e ficando acima da média nacional. Enquanto isso, Teresina tem a menor média, apenas R$ 36,46, e é a capital, dentre as analisadas, com o preço mais baixo no país.

Se for levar em conta o preço mediano das cinco refeições completas por semana no Nordeste em relação ao salário mínimo em 2024, o custo seria equivalente a 70% da remuneração. Se levarmos em conta o salário médio da região, R$ 2.104, o gasto com a alimentação mensal seria aproximadamente 51% do soldo.

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A pesquisa também revela o preço de cada item da refeição, no Nordeste o prato em média custa R$ 33,51, a sobremesa, R$ 12,45, a bebida, R$ 5,86, e o café, R$ 4,89. Também é analisado o tipo do prato, que é dividido em comercial – o mais barato, com a refeição custando R$ 37,44 -, autosserviço, executivo e “a la carte” – o mais caro, custando em média R$ 96,44.

Comer fora e o salário

Natália Ghiotto, diretora de Produtos da Ticket, comentou sobre os resultados: “O preço da alimentação fora de casa não acompanha o salário, evidenciando o esforço que os trabalhadores precisam fazer para garantir as refeições nos dias trabalhados. Esse cenário também reforça a importância do benefício de refeição oferecido pelas empresas como garantia de acesso a uma refeição completa e de qualidade, que é fundamental para a produtividade e o bem-estar das pessoas”.

A pesquisa feita pela ABBT tem como objetivo levantar o preço médio da refeição completa (Prato + bebida + sobremesa + café), pago pelo trabalhador no almoço, de segunda a sexta-feira, em estabelecimentos que trabalham com vales/tíquetes refeição.

Realizada entre março e maio de 2024, a associação entrevistou 4.502 estabelecimentos, em 51 cidades de 22 estados e o Distrito Federal, e colheu mais de 5.640 preços para produzir o estudo.

Para mais dados sobre a pesquisa, acesse: https://www.abbt.org.br/home#iniciativas

Leia mais: Apesar da alta dos preços, acesso a dieta saudável cresce no Brasil

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