Exportações crescem 33,8% no acumulado do ano
Agência Brasil
As vendas de veículos automotores caíram 10,2% em setembro, alcançando 155,1 mil unidades ante 172,8 mil licenciadas em agosto. Na comparação com setembro do ano passado, quando os licenciamentos totalizaram 207,7 mil unidades, a queda foi de 25,3%.
Já no acumulado do ano houve elevação de 14,8%, com o total de 1.577,5 mil unidades contra as 1.374,4 mil vendidas no mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados hoje (6), em São Paulo, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (Anfavea).
O balanço mostra, ainda, que a produção apresentou crescimento de 5,6%, ao passar de 164 mil unidades em agosto para 173,3 mil em setembro. Entre janeiro e setembro deste ano, a produção registrou aumento com 1.649,3 mil veículos fabricados, o que representa 24% a mais do que no mesmo período de 2020 (1.330,1 mil). Já na comparação com setembro do ano passado, quando foram produzidos 220,2 mil autoveículos, houve queda de 21,3%.
Os dados da Anfavea indicam, também, que as exportações aumentaram 33,8% no acumulado do ano com o embarque de 277 mil veículos em 2021 ante 207 mil do ano passado, mas, na comparação entre setembro e agosto deste ano, a comercialização de veículos no mercado externo foi de 23.600, o que representa recuo de 19,7%. Também houve queda com relação a setembro do ano passado (22,5%), quando foram embarcadas 30.500 mil unidades.
Expectativas para 2021
Por causa da incerteza gerada pela crise dos semicondutores, a Anfavea revisou suas estimativas para 2021 e passou a trabalhar com possibilidades que dependem do abastecimento das fábricas. Para a entidade, as vendas de novos veículos podem variar de 2,038 milhões a 2,118 milhões, ou seja, com cenários de queda de 1% a crescimento de 3% na comparação com 2020.
A produção deverá variar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, o que representará aumento de 6% a 10% quando comparado com o ano anterior. Já as exportações, pelas estimativas da Anfavea, ficarão em um intervalo de 357 mil a 377 mil unidades, alta de 10% a 16%.
“Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. A incerteza para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.