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Mataripe afirma que ship to ship faz parte da operação da refinaria

Por Juliana Albuquerque A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital, que assumiu a gestão da Refinaria de Mataripe, na Bahia, se pronunciou nesta sexta-feira (28) após uma interrupção, ontem na operação de uma das duas unidades de destilação por falta de petróleo para processamento, ontem.  A empresa garantiu que desde o início, o transbordo de […]
Refinaria de Mataripe, antiga RLAM. Foto: Petrobras/Divulgação

Por Juliana Albuquerque

A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital, que assumiu a gestão da Refinaria de Mataripe, na Bahia, se pronunciou nesta sexta-feira (28) após uma interrupção, ontem na operação de uma das duas unidades de destilação por falta de petróleo para processamento, ontem. 

A empresa garantiu que desde o início, o transbordo de 1 milhão de barris de petróleo seria feito por ship to ship. Ou seja, o navio com o produto vindo da Guiana com profundidade maior do que o calado do Porto da Bahia não era, de fato, para atracar no ancoradouro baiano. “Trata-se uma operação já esperada para esse tipo de abastecimento com navios grandes”, afirma a comunicação da Acelen.

De acordo com notícia divulgada na última quinta (27), pela Agência Nossa, e publicada aqui, a chegada de um navio com calado maior que a profundidade do porto fez com que fosse interrompida a operação de uma das unidades de destilação, porque o navio não consegui atracar para descarregar o petróleo. A informação foi negada pela Acelen.

“A refinaria está realizando operações padrões para receber esse combustível. Nada que afete o abastecimento de seus fornecedores”, garante a Acelen, que além da Bahia, distribui combustível para Sergipe e algumas regiões do Maranhão, Alagoas e Amazonas.

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A empresa garanta que o ship to ship sempre fez parte do planejamento da Refinaria de Mataripe e afirma ter a habilitação para esse procedimento, que precisa de uma série de aparatos ambientais por conta do risco de derramamento de petróleo em alto mar.

Acelen decidiu trazer petróleo do exterior em vez de comprar da Petrobras. Mas os navios superpetroleiros que trazem a carga para o Brasil têm calado superior ao que o terminal na Baía de todos os Santos comporta.

Rogério Almeida, presidente do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados (Sindipetro PE/PB) assegura que houve uma interrupção na produção do diesel na Bahia e atribui isso à “inexperiência da Acelen na gestão de um patrimônio que antes da privatização era administrado pela Petrobras”.

“O Brasil é o maior produtor de petróleo do mundo. Produzimos por dia cerca de 12,8 milhões de barris de petróleo para um consumo interno de 2,1 milhões. Somos autossuficientes nessa produção.  Por que, ao invés de comprar petróleo nacional, a Acelen opta por trazer esse produto de fora e em um navio gigantesco que não consegue nem atracar no porto?”, questiona .

“A refinaria da Bahia junto com a Rnest é responsável pelo abastecimento de toda a região Nordeste. Se há uma parada na produção na Bahia, com certeza afeta outros estados da região”, reflete o petroleiro.

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