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Desigualdade salarial: Nordeste tem menor rendimento médio do Brasil

De acordo com a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE, o rendimento médio dos trabalhadores no Nordeste continua abaixo da média nacional de R$ 3.225
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O Maranhão apresenta o menor rendimento, com R$ 2.049, reflexo direto de menor industrialização e investimentos, além de indicadores sociais mais baixos. Foto: Roberto Parizotti/Divulgação

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio dos trabalhadores brasileiros atingiu R$ 3.225 em 2024, o maior valor desde o início da série histórica em 2012. No entanto, essa média nacional esconde disparidades regionais significativas.

O Distrito Federal lidera o ranking com um rendimento médio de R$ 5.043, valor 56% superior à média nacional e 146% maior que o registrado no Maranhão, que possui o menor rendimento médio do país, com R$ 2.049. Essa diferença é atribuída, em parte, ao elevado número de funcionários públicos na capital federal, que geralmente recebem salários mais altos.

No Nordeste, todos os estados apresentam rendimentos médios abaixo da média nacional. O maior valor pago na região é o Rio Grande do Norte (R$ 2.668), seguido por Pernambuco (R$ 2.422), Alagoas (R$ 2.406), Sergipe (R$ 2.401), Paraíba (R$ 2.287,00) e Piauí (R$ 2.203,00). As menores médias foram de Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).

Em contraste, as regiões Sul e Sudeste apresentam rendimentos médios superiores. São Paulo, por exemplo, tem um rendimento médio de R$ 3.907, enquanto o Paraná registra R$ 3.758. Essas regiões concentram grande parte da atividade industrial e de serviços do país, o que contribui para salários mais elevados.

A análise dos dados revela que apenas oito estados e o Distrito Federal possuem rendimentos médios acima da média nacional. Além do DF e São Paulo, estão nessa lista Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os demais estados, especialmente das regiões Norte e Nordeste, ficam abaixo dessa média, evidenciando as disparidades econômicas regionais.

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Recorde de rendimento

Apesar de liderar o ranking, o Distrito Federal não superou o maior valor já alcançado, fato que ocorreu com a média nacional e 13 estados. No DF, o recorde foi em 2015, com R$ 5.590. Os dados da pesquisa são deflacionados, ou seja, a inflação no período é descontada, de forma que seja adequada uma comparação real.

Assim como a média do Brasil, alcançaram o recorde de rendimento anual dos trabalhadores os estados Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, e os três da região Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

O levantamento aponta que, em 14 estados, o desemprego médio de 2024 foi o menor da série histórica.

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