Alagoas encerrou o ano de 2024 com queda de 4,5% nas exportações, quando comparamos com os resultados do ano anterior. Já as importações tiveram alta de 21,34%. O estado apresentou um superávit de US$ 35,2 milhões. Apesar da pequena variação negativa, o açúcar e derivados do cobre seguem sendo os principais produtos exportados pelo estado.
Os dados do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA) apontam que Alagoas exportou US$ 900,8 milhões e as importações totalizaram US$ 865,6 milhões.
A gerente do CIN Alagoas, Dielze Mello, explicou que em 2023 o minério de cobre entrou na pauta de exportações e obteve um resultado histórico, o que foi decisivo para a leve oscilação negativa no ano seguinte.
Alagoas se destacou pelo fortalecimento dos produtos de sua pauta exportadora, tendo o açúcar como o principal produto exportado e mantendo o minério de cobre como o segundo maior produto da pauta e posicionando o município de Craíbas como o maior município exportador do estado. A cidade abriga a mineradora Vale Verde, única empresa a explorar minério de cobre do estado.
Canadá e China no topo dos destinos das exportações
Ainda de acordo com o CIN Alagoas, entre os destaques de produtos exportados estão placas de cerâmica, derivados do coco, os sucos de fruta e a fécula de mandioca, que valorizaram o setor de alimentos nas exportações.
Com relação aos principais destinos dos produtos alagoanos, o Canadá foi o país que mais comprou produtos alagoanos, representando 24,41% do total exportado. Na sequência aparecem China, com 16,11%, Estados Unidos, com 8,71%, Malásia, com 7,09% e Irã, com 4,76% do total exportado.
Esses produtos foram levados aos países de destino principalmente pelo modal marítimo, com FOB de US$ de 899.393.550,00, seguido do modal rodoviário, com FOB de US$ 888.666,00 e aéreo, totalizando FOB de US$ 546.739,00.
Já nas importações, um grande destaque foi o betume de petróleo, utilizado no setor da infraestrutura, como na construção de estradas. O PVC e o sal também ganharam destaque entre os principais produtos importados no ano.
Elas vieram principalmente da China, que respondeu por 58,76% do total importado, seguido dos Estados Unidos, 5,48%, Colômbia 4,16%, Chile 4,05% e Rússia 2,67%.
Para Dielze Mello, os resultados obtidos em 2024 consolidaram Alagoas no cenário internacional como importante destino produtos de produtos essenciais, que devem ser fortalecidas com acordos internacionais.
“Em 2024 nossa pauta de exportações de açúcar e minério de cobre, que é considerado um metal essencial para a descarbonização e a economia verde, consolidaram suas posições, bem como placas de cerâmica, tabaco frutas e derivados do coco e fécula de mandioca. A perspectiva para o ano de 2025 é promissora, sobretudo com o novo acordo entre União Europeia e Mercosul, que está em suas últimas etapas e permitirá que o Brasil se torne ainda mais competitivo no mercado internacional. Com isso, poderemos através das nossas ações de capacitação e mentorias voltadas para exportação diversificar ainda mais nossa pauta, deixando as empresas alagoanas mais preparadas e competitivas dentro do cenário internacional”, afirmou.
Bahia foi líder em exportações no Nordeste
Na comparação com os demais estados do Nordeste, as exportações alagoanas ficaram em sétimo lugar, representando apenas 3,6% do total exportado na região. O campeão de exportações foi o estado da Bahia, com 47,20% do total exportado pela região. Produtos como soja, combustível e celulose posicionaram o estado como líder na exportação regional.
No ano de 2024, as exportações da região Nordeste atingiram US$ 24,9 bilhões, e as importações somaram US$ 28,7 bilhões, o que representa um déficit de aproximadamente US$ 3,8 bilhões. A queda do volume nacional de exportações agropecuárias (-11% em 2024), e o volume exportado pelos estados do Nordeste justificam esse déficit, e as variações de entressafra da soja, do açúcar e do milho, produtos fortes da pauta nordestina.
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