
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior. O resultado coloca o país na 11ª posição global entre os maiores crescimentos econômicos registrados no período, segundo dados compilados de rankings internacionais.
Entre as economias do G20, o desempenho brasileiro foi o terceiro mais expressivo, atrás apenas da Indonésia, que registrou 2,2%, e do México, com 1,2%. A taxa brasileira foi equivalente à da China, que também registrou expansão de 0,9% no período.
Na comparação com os 20 maiores PIBs globais, o Brasil superou o desempenho de países como Estados Unidos, que cresceram 0,7%, e Alemanha, com alta de apenas 0,1%. Este resultado reforça a resiliência da economia brasileira em um cenário global ainda marcado por incertezas.
Comparação global e destaque regional
Em termos globais, o maior crescimento foi registrado pela Índia, com uma taxa de 2,7%, seguida pela Indonésia. O Brasil se destacou por combinar crescimento robusto com uma base econômica diversificada, o que chamou a atenção de analistas internacionais.
Na América Latina, o México foi o único país a superar o desempenho brasileiro no trimestre. O crescimento do Brasil reflete, em parte, o aumento da produção agropecuária e industrial, além do consumo interno, que se manteve estável mesmo com desafios econômicos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado de 2024, o PIB brasileiro registra uma alta de 2,6%, sinalizando perspectivas otimistas para o encerramento do ano.
O setor agropecuário foi o que mais contribuiu para o resultado, com um crescimento expressivo de 3,5% no trimestre. A indústria avançou 1,2%, impulsionada pela recuperação em segmentos como construção civil e manufatura. Já o setor de serviços, que responde por mais de 70% da economia brasileira, registrou alta de 0,6%, sustentado pelo aumento da demanda por serviços de transporte e tecnologia.
Perspectivas do PIB para 2025
Especialistas destacam que o desempenho do Brasil no terceiro trimestre de 2024 reflete políticas econômicas focadas na retomada do crescimento e no controle da inflação. Contudo, o cenário para 2025 dependerá de fatores externos, como a desaceleração de grandes economias globais e os desdobramentos de conflitos internacionais que impactam os preços de commodities.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que o crescimento do Brasil está alinhado à busca por estabilidade macroeconômica. “Esse resultado reflete o esforço contínuo do governo em consolidar uma política fiscal sustentável, estimular investimentos e fortalecer a economia doméstica”, afirmou.
Esther Dweck: investimento em capital fixo
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, comentou na manhã desta terça-feira (3), em evento no Rio de Janeiro, o bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que demonstrou força da formação bruta de capital fixo, que reflete o investimento. A ministra participou da abertura do XX Fórum Nacional de Gestão da Ética e da Integridade na Administração Pública, com o tema Ética, Respeito e Comunicação.
O PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, já descontados os efeitos sazonais. Isso representa uma alta anualizada de 4%, destacou a ministra. “E esse resultado reflete um crescimento muito vigoroso do investimento, que cresceu 2,1%, mais que o dobro do crescimento médio do PIB. E a indústria também cresceu, puxada também pelo investimento. Temos um resultado econômico muito forte, muito importante”, acrescentou.
Ela lembrou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também revisou o resultado do PIB de 2023, que passou de 2,9% para 3,2% e ressaltou as baixas taxas de desemprego, uma das menores dos últimos anos.
*Com informações da Agência Gov
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