A safra 2024/25 deve significar um aumento na produção de cana-de-açúcar em Alagoas. Dados do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar/AL) apontam que todas as 17 usinas do estado estarão em operação produzindo açúcar e etanol.
A safra atual teve início na segunda quinzena de agosto e a previsão do Sindaçúcar é que sejam moídas 20 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Além disso, a previsão é de produzir 1,7 milhão de toneladas de açúcar e mais de 470 milhões de litros de etanol.
As usinas informaram ao Sindaçúcar que a safra tem previsão de durar sete meses, indo de agosto deste ano a março de 2025.
Os valores estimados são maiores do que os números que encerraram a safra 2023/24. Foram produzidas na safra anterior 19,3 milhões de toneladas de cana, 1,5 milhão de tonelada de açúcar e 454 milhões de litros de etanol.
O aumento da produção terá como fator de contribuição a melhora nas condições climáticas. O último boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a produção industrial aumentou devido à melhoria no teor de sacarose da cana.
Maior produtor de cana do Nordeste
Alagoas aparece nos dados da Conab como o maior produtor de cana – em números absolutos – do Nordeste e o sétimo na produção de etanol no ranking nacional.
“A safra atual apresenta sinais positivos de crescimento e produtividade, impulsionada por inovações tecnológicas e condições climáticas favoráveis, com tendência de fortalecimento do setor e aumento da competitividade internacional”, informou por meio do boletim.
O uso de milho e sorgo para a produção de etanol também foi destacado pela Conab como importante para o aumento da produção do combustível no estado. Alagoas é o único estado do Nordeste que produz etanol a partir de cereais. A Cooperativa Pindorama, detentora da produção, produziu na última safra 15 milhões de litros de etanol de milho e sorgo.
Para a Conab, o setor sucroenergético em Alagoas mostra sinais positivos de crescimento, impulsionado por melhorias nos investimentos em lavouras, incentivos fiscais e condições de mercado favoráveis, como a valorização cambial para exportadores. Essas melhorias têm resultado em aumentos de produção e produtividade nas lavouras de cana-de-açúcar.
O presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério Nogueira, destacou que a previsão de produção para a nova safra em Alagoas reflete o compromisso dos empresários com uma produção de cana sustentável e que proporcione o desenvolvimento da economia alagoana.
“Neste momento, todas as unidades industriais de Alagoas estão em plena operação de produção de cana, açúcar e etanol para a safra 24/25. Há todo um entusiasmo envolvido e um comprometimento dos empresários com a produção e o desenvolvimento do estado. Junto com os fornecedores de cana e colaboradores, estimamos concluir o ciclo com uma produção de 20 milhões de toneladas de cana. Desejo muito sucesso a cada um dos nossos associados que iniciaram mais uma etapa produtiva que, com certeza, será vitoriosa para as empresas e para o nosso estado”, afirmou.
Leia mais: Produtores alagoanos investem no cultivo de cacau consorciado ao coco
