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Consumo das famílias no NE deve ser de R$ 1,3 tri em 2024, diz estudo

Estudo mostra que Bahia e Pernambuco puxam o consumo na região Nordeste
Consumo famílias
Gastos com habitação, alimentação em domicílio e veículo próprio puxam alta na região Nordeste. Foto: Divulgação

As famílias nordestinas deverão desembolsar cerca de R$ 1,3 trilhão no ano de 2024 na aquisição de bens de consumo. Os dados são de um estudo realizado pela IPC Marketing Editora, que aponta que os estados da Bahia e Pernambuco lideram a região com os maiores consumos da região.

Segundo projeções feitas pela empresa de consultoria, a região Nordeste terá um crescimento de 0,55% no potencial de consumo em comparação com o resultado de 2023.

“Em 2023 a participação da região Nordeste no cenário brasileiro era de 17,80935%; e em 2024 será de 17,90676%, o que representará mais R$ 7,1 bilhões no bolso da população desta região, avalia Marcos Pazzini, sócio da IPC.

A Bahia é o estado que lidera o consumo na região, seguido por Pernambuco e Ceará. Quando analisada a relação entre as capitais nordestinas, Salvador segue liderando o consumo, seguida de Fortaleza e Recife. No ranking nacional, a Bahia é o sétimo estado e Pernambuco o nono.

Os dados da pesquisa apontam que a região segue algumas tendências observadas a âmbito nacional. Os principais gastos das famílias no Nordeste tendem a ser com habitação, veículo próprio e alimentação em domicílio. Um detalhe importante é que o consumo é mais alto entre as classes B e C.

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Ranking consumo Nordeste
Ranking mostra consumo por estados e capitais e posição em relação ao restante do país. Arte: Movimento Econômico

Segundo os dados disponibilizados pelo IPC, Habitação tem potencial de gasto de mais de R$ 244 bilhões; com veículo próprio mais de R$ 122 bilhões e alimentação em domicílio mais de R$ 134 bilhões.

A nível nacional, o país vem mostrando boa recuperação num cenário pós-pandêmico. “Até 2019, nossa economia crescia a passos bem lentos, na média de 1% ao ano. Em 2020, veio a Covid-19 e derrubou brutalmente a economia mundial como um todo e, depois disso, o Brasil felizmente conseguiu se levantar e passou a apresentar índices maiores de crescimento”, avalia Pazzini.

Com um volume maior de dinheiro em circulação, aumenta a quantidade de novas empresas no território nacional. O levantamento aponta um acréscimo de 8,1% no perfil empresarial, resultando em quase 2 milhões de unidades abertas recentemente nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness.

O trabalho reforça, ainda, a tendência de queda na participação das 27 capitais no mercado consumidor (de 27,95% para 27,80%), como ocorreu nos últimos anos. Em baixa, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 45,06%, em detrimento do interior, que aumenta sua presença para 54,94% no cenário brasileiro.

Pazzini lembra que, de 2023 para 2024, a quantidade de empresas subiu 9,2% no interior e 7,0% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 8,1% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia”, afirma.

Arroz Coruripe Alagoas
Negócios no setor agrícola, como a unidade de beneficiamento de arroz em Igreja Nova (AL), compõem alta do setor. Foto: Cooperativa Pindorama

Empresas aumentam no Nordeste

Na análise de quantidade de empresas, o desempenho da Região Nordeste segue o padrão do Brasil, com aumento na quantidade de estabelecimentos de todos os setores.

O setor de agrobusiness teve o maior aumento percentual, com 12,4% em comparação às demais categorias. Em 2023, a região abrigava 23.205 negócios deste segmento e em 2024 eles aumentaram para 26.071. Logo em seguida, vem o setor de Serviços, que cresceu 8,5% no comparativo entre 23/24; seguido do setor de Indústria, que cresceu 5,3% e do comércio, que cresceu 1,9% entre 2023 e 2024.

Outro fator positivo da região foi o crescimento de domicílios urbanos por classe econômica. As maiores altas foram nas classes D/E e C, respectivamente. A classe D/E aumentou em 203.904 o número de domicílios, a classe C subiu 186.263, já a os domicílios de classe B aumentaram 45.349 e entre a classe A foram novos 2.848.

“Na análise de domicílios urbanos por classe econômica, houve crescimento em todas as classes da pirâmide social, o que explica o fato da região Nordeste ter crescido acima da média nacional entre 2023 e 2024”, explicou Marcos Pazzini.

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