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SE e AL lideram geração de vagas no país em economia criativa

Segundo estudo, Sergipe teve aumento de 28% e Alagoas 25% em vagas de economia criativa em 2023
Economia criativa sergipe
Sergipe registrou mais de 49 mil vagas de trabalho em economia criativa no ano de 2023. Foto: Secom Sergipe

Sergipe e Alagoas estão no topo do ranking nacional sobre economia criativa. Um estudo do Observatório do Itaú Cultural aponta que durante o ano de 2023 o estado sergipano foi o líder no país em número de postos de trabalho nesta área e Alagoas foi o terceiro estado do país com o maior volume de trabalhadores do setor.

De acordo com os dados divulgados pelo Observatório da Fundação Itaú, o setor obteve um crescimento constante a partir do segundo trimestre do ano passado, de abril a dezembro, criando 577 mil postos de trabalho, duplicando o saldo do ano anterior de 287 mil, o que significou cerca de 7,8 milhões de pessoas empregadas.

Com isso, o setor de economia criativa, que abrange áreas relacionadas à moda, atividades artesanais, indústria editorial, produção audiovisual, na música, ou no desenvolvimento de software, jogos digitais e serviços de tecnologia expandiu para 4% na oferta de empregos, o dobro dos 2% registrados na economia geral.

Entre os quartos trimestres de 2022 e 2023, o estado de Sergipe apresentou o melhor desempenho do Brasil em relação à criação de postos de trabalho no setor da economia criativa, com 49.363 vagas criadas em 2023, um crescimento de 28%. Em Seguida vem Roraima (+27%), Alagoas (+25%) e Goiás (+18%), enquanto as maiores quedas foram registradas no Maranhão (-18%) e Piauí (-14%).

Em terceiro lugar no ranking, Alagoas viu o número de pessoas que atuam com economia criativa saltar de 43.639 em 2022 para 54.470 no quarto trimestre de 2023.

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Segundo a consultora do Sebrae Alagoas, Danubia Dantas, nos últimos anos, Alagoas tem se destacado pelo crescimento significativo na economia criativa, impulsionando a geração de empregos em diversas áreas. O Sebrae tem realizado iniciativas de formação desses empreendedores criativos, além de promover eventos, como festivais de cinema, feiras de artesanato, eventos culturais e o apoio a startups tecnológicas.

“Essas ações têm sido fundamentais para fortalecer este setor, criando um ambiente propício para que novos empreendedores possam desenvolver suas ideias e gerar empregos. A geração de empregos na economia criativa não apenas contribui para o desenvolvimento econômico de Alagoas, mas também enriquece a vida cultural e social do estado. Ao valorizar a criatividade e a inovação, estamos construindo um futuro mais dinâmico e sustentável para todos os alagoanos”, disse Danubia.

Economia criativa no Brasil

No contexto geral, o estudo aponta que os profissionais do segmento obtiveram uma remuneração de aproximadamente R$4,5 mil, estando acima da média nacional de R$3 mil. Entretanto, diferenças salariais foram observadas entre os atuantes desse setor econômico, principalmente nos recortes de gênero e cor/raça. Enquanto os brancos receberam R$5.600,00, pretos e pardos foram remunerados em R$3.000,00 e R$3.100,00, respectivamente.

Quando somados ao gênero, os dados coletados revelam uma diferença salarial ainda mais acentuada: brancos do sexo masculino ganhavam em média R$ 6.900,00 mensais, ao passo que pardos e pretos, no mesmo intervalo, recebiam R$ 3.900,00 e R$ 3.600,00 mensais.

Já as mulheres brancas recebiam em média R$3.900,00, enquanto as trabalhadoras pardas e pretas R$ 2.200,00 mensais em média, valor menor que 1/3 pago aos homens brancos trabalhadores do setor e 56% do valor recebido por mulheres brancas, no último trimestre de 2023.

Leia mais: Sudene aprova 15 pleitos de incentivos, incluindo o da fábrica da Stellantis

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