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NE tem 14% do total de veículos elétricos emplacados no país no 1º semestre

Bahia e Pernambuco são os estados com mais emplacamentos de veículos elétricos em 2024
Veículos elétricos
Mais de 79 mil veículos elétricos foram vendidos no Brasil de janeiro a junho de 2024. Foto: Istock

Os carros elétricos caíram no gosto do consumidor brasileiro e estão aumentando em todos os estados do Nordeste. Levantamento realizado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostra que a região registrou mais de 11 mil emplacamentos de veículos elétricos ou híbridos nos primeiros seis meses do ano, respondendo por 14,2% do total de novos veículos comprados no Brasil. Bahia e Pernambuco lideram entre os estados com o maior número de emplacamentos.

De acordo com o levantamento, na Bahia foram registrados 2.292 emplacamentos de veículos leves eletrificados, o que corresponde a 2,9% do total de emplacamentos no país. Pernambuco aparece logo atrás, com 2.117 emplacamentos, respondendo por 2,7% do total nacional. O Ceará registrou 1.823 emplacamentos e Alagoas 1.110.

Já entre as 50 cidades do país com mais emplacamentos de eletrificados nos primeiros seis meses do ano, Salvador foi a nona cidade do país, com um total de 1.445 unidades. Em décimo lugar aparece Fortaleza, com 1.310 emplacamentos, em 11º está Recife, com 1.250, e em 14º lugar ficou Maceió, que emplacou 858 unidades no primeiro semestre de 2024.

Vendas veículos elétricos
Nordeste concentra maior número de estados onde cresceu venda de veículos elétricos no país em 2024. Foto: ABVE

A procura pelos modelos chineses, que oferecem alta tecnologia, detalhes exclusivos no interior dos veículos e a possibilidade de alternar o abastecimento entre energia elétrica e combustíveis fósseis tem impulsionado também as concessionárias a expandirem seu portfólio e representação.

A Parvi, representante oficial da BYD em vários estados, responde pela marca em Pernambuco e Bahia, estados que lideram a busca pelos modelos eletrificados no país. Segundo o diretor comercial, Divanildo Albuquerque, a empresa aumentou sua cobertura nos dois estados, abrindo novas lojas que atendam as demandas do consumidor na capital e interior do estado.

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“Em Pernambuco além da loja em Boa Viagem, no Recife, expandimos a operação para Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Afogados de Ingazeira, Caruaru e Petrolina. Na Bahia, além de Salvador, também estamos operando em Feira de Santana. Nas nossas lojas, oferecemos o serviço completo, com venda, serviços e locais para carregamento dos veículos, tudo pensado na segurança e conforto dos nossos clientes”, disse.

Em junho, por exemplo, a Parvi registrou fila de espera em João Pessoa, capital paraibana, pelos novos modelos da BYD, o BYD Song Pro e BYD King. “Hoje trabalhamos com todos os modelos da montadora e temos notado a boa aceitação dos veículos pelos consumidores por conta da isenção do IPVA para veículos elétricos tem sido importante para o consumidor optar por veículos que operam com energias limpas”, afirmou Divanildo.

Parvi BYD nordeste
Unidades da Parvi, revendedora da BYD em alguns estados do Nordeste, registrou fila de espera por novos modelos. Foto: Divulgação

Novos emplacamentos, mas medidas do governo preocupam

Em todo o país, de janeiro a junho foram registrados 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil. Esse total representa um aumento expressivo de 146% sobre os 32.239 do primeiro semestre de 2023 e de 288% sobre os 20.427 do primeiro semestre de 2022.

Ainda segundo a ABVE, o resultado do primeiro semestre consolida a evolução do mercado brasileiro de eletromobilidade, hoje dominado pelos veículos elétricos plug-in e, dentre estes, pelos BEV totalmente elétricos. De janeiro a junho de 2024, os BEV (veículos elétricos à bateria) representaram 39% dos emplacamentos de eletrificados no país (31.204). Os PHEV, veículos elétricos híbridos que também têm recarga externa, responderam por 29,5% (23.296). Os veículos plug-in, portanto (BEV + PHEV), somaram nada menos do que 69% do mercado de eletrificados leves no período no Brasil.

Já os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% das vendas no primeiro semestre (7.394). Os HEV flex a etanol, com 14% (10.987). E os micro-híbridos MHEV, com 8% (6.423).

Entenda a diferença entre os veículos eletrificados:

Modelos de eletrificados
Ilustração mostra diferentes tipos de veículos elétricos de acordo com propulsão e tecnologia. Foto: ABVE

Apesar dos bons resultados do período, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, alerta que o governo federal novas alíquotas de aumento do Imposto de Importação dos veículos eletrificados, que entraram em vigor no dia 1º de julho. Os BEV passaram de 10% (em 1º de janeiro de 2024) para 18%. Os híbridos plug-in PHEV (veículo elétrico híbrido recarregável), de 12% para 20%. E os HEV (híbridos não plug-in), de 15% para 25%. Todas as alíquotas devem chegar a 35% até julho de 2026, segundo o cronograma divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) no final do ano passado.

Presidente ABVE
Presidente da ABVE, Ricardo Bastos, alerta para medidas do governo federal que podem prejudicar setor de veículos elétricos. Foto: ABVE

“Os números de junho e do primeiro semestre confirmam o excelente momento da eletromobilidade no Brasil, mas temos de ficar atentos aos perigos de retrocesso na rota de descarbonização e eficiência energética da matriz brasileira de transporte. Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026”, acrescentou Ricardo Bastos. “Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”.

Outra preocupação é a eventual inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”. Para a ABVE, não faz sentido incluir os veículos elétricos nessa categoria. “Os veículos elétricos são produtos de alto grau de tecnologia, que contribuem para a redução da poluição urbana, das emissões de gases do efeito estufa e dos altos níveis de ruído nas cidades brasileiras”, afirmou o presidente da ABVE. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, concluiu Ricardo Bastos.

*Com informações ABVE

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