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FMI eleva para 2,5% projeção de médio prazo para crescimento do PIB

Relatório do FMI destaca várias medidas como positivas para a economia brasileira, entre elas a reforma tributária sobre o consumo e o plano de transformação ecológica
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Documento do FMI destaca medidas positivas para a economia brasileira no médio prazo, como a reforma tributária sobre o consumo e o plano de transformação ecológica. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, de 2% para 2,5% ao ano, a previsão de crescimento de médio prazo para a economia brasileira. A estimativa consta do relatório anual do organismo sobre o Brasil, divulgada na quinta-feira (11).

Em maio, o FMI tinha emitido comunicado preliminar informando que elevaria a projeção de médio prazo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) do país. Na ocasião, técnicos do Fundo visitaram o Brasil entre 15 e 27 de maio para fazer uma avaliação da economia brasileira.

Segundo o relatório, a atividade econômica brasileira tem crescido de forma constante e superado as expectativas. O documento destaca várias medidas como positivas para a economia brasileira no médio prazo. As principais são a reforma tributária sobre o consumo e o plano de transformação ecológica.

O FMI também destaca que a agenda de crescimento sustentável e inclusiva e a tramitação de reformas que favoreçam o ambiente de negócios impulsionam o crescimento econômico. O documento também cita a redução do desmatamento, o avanço na criação da Taxonomia Sustentável Brasileira (padronização de práticas de economia sustentável), a nova estrutura para o mercado de carbono e a emissão do primeiro título verde no mercado internacional.

Fazenda destaca avanços no relatório do FMI

“A avaliação dos técnicos do FMI, chancelada pelo quadro de diretores, destaca a economia brasileira em trajetória de aumento do crescimento, queda da inflação, quadro fiscal equilibrado, contas externas robustas e um sistema financeiro sólido”, destaca Antonio Freitas, subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Ministério da Fazenda. 

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documento consolidado confirma comunicado preliminar divulgado em maio deste ano. Uma série de medidas são destacadas pelo FMI como positivas para a evolução da economia brasileira. 

“A atividade econômica tem crescido de forma constante, superando as expectativas, refletindo fatores favoráveis de demanda e oferta. As autoridades avançaram em sua ambiciosa agenda de crescimento sustentável e inclusivo, incluindo a aprovação de uma reforma significativa do IVA”, diz o texto do relatório. 

Segundo a subsecretária de Política Fiscal, Débora Freire, “o comprometimento do governo em proporcionar as condições e atuar por meio de políticas públicas para que o país retome uma dinâmica de crescimento econômico robusto com diminuição das desigualdades tem impacto direto na resiliência da economia, o que foi reconhecido pelo FMI. Temos trabalhado em diversas frentes na política econômica para criar um ambiente de negócios favorável para o estímulo à atividade econômica e atração de investimentos sustentáveis enquanto também garantimos maior justiça social.” 

O Fundo estima, ainda, que a continuidade de iniciativas no âmbito tributário “alivie a carga tributária sobre os mais pobres”. Para Freitas, o documento é um indicativo de que a agenda de reformas do Ministério da Fazenda é coesa e deve trazer resultados positivos.

“O relatório enaltece os múltiplos avanços esperados com a Reforma Tributária e assinala a importância das diversas medidas do Plano de Transformação Ecológica, incluindo menções à queda do desmatamento. É um reconhecimento importante do Fundo Monetário Internacional de que estamos no caminho certo.”

Ainda sobre esses tópicos, Freire detalha: “A aprovação histórica da Reforma Tributária que atua na correção de distorções da nossa economia ao mesmo tempo em que proporciona ganhos de equidade, é um grande legado que deixaremos para o potencial de crescimento do país e para a sociedade. O Plano de Transformação Ecológica, por sua vez, estabelece as diretrizes para um projeto de desenvolvimento socioambiental sustentável, essencial para a resiliência da nossa economia e para uma transição justa. O relatório do FMI compartilha desse entendimento.” 

Leia mais: Circulação de cédulas e moedas equivale a pouco mais de 3% do PIB

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