Quatro estados do Nordeste são responsáveis por exportar o maior valor de frutas do Brasil. Sozinhos, Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte faturaram US$ 780 milhões no ano passado, mais do que o dobro comercializado por São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo e Paraná, estados que fecham o top dez.
De acordo com os dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Pernambuco se consolidou como o maior exportador de frutas do país. Somente em 2021, o estado registrou uma receita de US$ 244 milhões na venda para o exterior. A maior parte dessa produção sai do município de Petrolina, a 712 quilômetros do Recife, na região do Vale do São Francisco, onde se cultiva, principalmente, uvas, goiabas e mangas.
A Bahia é a segunda maior produtora e exportadora de frutas do Brasil e, em 2021, foram arrecadados US$ 191 milhões nas vendas para o comércio exterior. Em seguida vem o Ceará, que teve um crescimento no fornecimento para outros países, saindo da quinta colocação em 2020, para a terceira em 2021, quando obteve um faturamento de US$ 178 milhões. A quarta posição fica com o Rio Grande do Norte, que arrecadou US$ 167 milhões em exportações no ano passado.
Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte exportaram mais mangas, melões e melancias. Já os principais mercados consumidores dos estados nordestinos são os Estados Unidos e países europeus como Holanda, Alemanha e Reino Unido.
Brasil é 3º exportador
Segundo levantamento mais recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2020, o Brasil se consolidou como o terceiro maior produtor de frutas do mundo, ficando atrás somente da China e da Índia. Por ano, o país chega a ter cerca de 4,5% do total da produção mundial, o que representa cerca de 39 milhões de toneladas.
Embora a produção brasileira de frutas seja destaque no cenário mundial, no ranking dos países exportadores, o Brasil ocupa a 26ª posição. Em 2012, o país exportou 1,2 milhão de toneladas de frutas para o exterior, representando um aumento de 18% em relação ao ano anterior.