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Projeto Caça Talentos desenvolverá habilidades socioemocionais em 10 mil jovens

Na segunda etapa do Caça Talentos, serão capacitados 1.500 jovens em programação.
O lançamento do programa Caça Talentos que ocorreu em OCCA, um ICT instalado em Olinda. Foto: Seteq/Divulgação

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação lançou, nesta segunda-feira (12) o projeto Caça Talentos que vai desenvolver habilidades socioemocionais e novos programadores nas linguagens Python ou Java. A iniciativa tem o objetivo de qualificar jovens e adultos pernambucanos para melhor empregabilidade, especialmente na área tecnológica. Os interessados já podem se inscrever de hoje até o próximo domingo (18) no https://sistemas.seteq.pe.gov.br/sima/inscricao_login/. Logo depois do cadastro, os inscritos receberão um link do Caça Talentos por e-mail, com acesso para as oficinas e capacitações.

A intenção é capacitar 10 mil pessoas em habilidades socioemocionais, criatividade e assertividade. A ação foi idealizada por Nicole Dantas, que estudou na escola técnica do Porto Digital, foi uma das alunas do Ganhe o Mundo e hoje está cursando Ciência da Computação e Arte na Universidade de Minerva, em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O projeto vai usar a inteligência artificial utilizando uma assistente virtual chamada ANA, treinada por um método inovador e patenteado, que junta princípios da psicologia cognitiva comportamental, designer e pedagogia. Segundo a coordenadora de acompanhamento à Gestão do Projeto na fase 1, Mariana Lins, no primeiro momento, que dura 40 horas, os 10 mil participantes inscritos serão preparados em habilidades socioemocionais, como raciocínio lógico, trabalho em equipe, atenção plena, escuta ativa, autoconsciência, autogestão e resolução de problemas.

A segunda fase já será diferente. Das 10 mil pessoas, serão selecionadas 1.500 pelo aplicativo Caça Talentos para os cursos de desenvolvimento de software, sendo mil vagas para Python e 500 para Java. O conteúdo será distribuído em 240 horas, com direito a certificado. Nicole Dantas fará inserções no projeto, de maneira remota, com dicas e orientações.

O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, disse que “o projeto é inovador, porque aperfeiçoa o lado racional e emocional e prepara os participantes com treinamento em habilidades socioemocionais e habilidades técnicas. Os concluintes terão mais facilidade de entrar no mercado de trabalho, em especial, no ambiente do Porto Digital no Recife, que tem forte demanda por mão de obra”. Ele também argumentou que este tipo de iniciativa vai dar opotunidade a jovens que moram em locais distantes da capital e vão poder participar do curso. “Eles só vão precisar de aptidão. É uma oportunidade que o jovem de Pernambuco tem”, comentou.

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As oficinas e cursos serão feitos pelo celular ou pelo computador. A qualificação será totalmente em ensino à distância e uma plataforma também será lançada em breve para quem quiser acompanhar os cursos pelo computador. De acordo com o coordenador de acompanhamento à Gestão do Projeto, Márcio Vinícius da Silva Miranda, o aplicativo e a plataforma são de fácil acesso, com um formulário eletrônico para cadastro no sistema onde a pessoa identifica seu nome, e-mail e telefone. Depois, com a evolução das conversas entre Ana e a pessoa, ele vai identificar quem tem aptidão para trabalhar na área de tecnologia.

Todo o projeto foi desenvolvido em OCCA, um Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) instalado em Olinda. “A estrada do jovem que entra no mercado de trabalho pode ser mais ampla do que ele pensa. O primeiro degrau é reconhecer suas habilidades e competências e orientar seu uso. O Caça ao Talento é o programa que vai auxiliá-lo nesse processo”, comentou o fundador de OCCA, o empresário Kleber Dantas.

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