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Há oito meses, inflação persiste acima dos dois dígitos

Nos últimos 12 meses, a gasolina, etanol e diesel aumentaram, respectivamente, em 31,22%; 42,11% e 53,58%, segundo informações do IBGE.

A inflação apontada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana do Recife teve alta de 1,12% em abril, desacelerando na comparação com março, quando a variação positiva foi de 1,53%.

O País já está há oito meses com a inflação ultrapassando os dois dígitos, o que significa que o consumidor está perdendo mais o seu poder de compra.  No acumulado em 12 meses, a inflação foi de 12,13%, que é a maior taxa em 12 meses desde outubro de 2003, quando ficou em 13,98%.

Entre as regiões pesquisadas, a capital pernambucana registrou a 7ª maior alta para o mês entre as 16 localidades pesquisadas. No Brasil, a inflação ficou em 1,06% sendo a maior para um mês de abril desde 1996. O grande vilão da alta generalizada dos preços são os combustíveis que impactam toda a cadeia produtiva (quem fabrica, vende etc) e chega ao bolso do consumidor, incluindo os que não têm carro, mas pagam estes reajustes quando compram mercadorias ou serviços. 

Os combustíveis e alimentos foram o grande vilão da inflação de abril medida pelo IPCA
Os combustíveis puxaram a a alta da inflação de abril/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para o leitor ter ideia, nos últimos 12 meses, a gasolina, etanol e diesel aumentaram, respectivamente, em 31,22%; 42,11% e 53,58%, segundo informações do IBGE. Quem estabelece o preço do diesel e da gasolina no País é a Petrobras, que pertence ao governo federal, e tenta estabelecer uma equivalência entre o preço cobrado no mercado internacional e o que é pago pelo consumidor. A guerra da Rúsica com a Ucrânia também contribuiu para a alta no preço dos combustíveis.

Os campões no Brasil

A capital de Sergipe, Aracaju, registrou a segunda maior inflação do Brasil com 1,36%, perdendo somente para o Rio de Janeiro, que registrou 1,39% no mesmo período. 

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No Recife, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em abril de 2022 na Região Metropolitana do Recife (RMR). As maiores altas ficaram com os itens transporte (2,09%) – puxados pelos reajustes constantes dos combustíveis –  e alimentação e bebidas (2,05%). Esses grupos são os que têm maior peso na composição do índice. Juntos, respondem por mais de 43% do índice.

O grupo de habitação foi o único que apresentou retração de 1,08% no período, influenciado principalmente pela queda de 5,94% nos preços da energia elétrica residencial. Isso ocorreu devido à retirada da bandeira de escassez hídrica da conta de todos os brasileiros no dia 16 de abril. No entanto, os pernambucanos vão sentir mais inflação ligada à energia no próximo mês, quando vão sentir o efeito do aumento médio superior aos 18% na conta de luz, que entrou em vigor no dia 29 de abril.

Os maiores vilões da inflação na RMR 

Os produtos que tiveram aumentos mais expressivos no IPCA da Região Metropolitana do Recife em abril foram o óleo de soja (14,92%), seguido pelo tomate (10,96%), ambos do grupo de alimentação e bebidas. Os produtos/serviços com maiores reduções no preço em abril também estão ligados ao grupo de alimentação e bebidas. A maior queda ficou por conta do cheiro-verde (-9,81%), da mandioca (-7,26%) e do chocolate (-6,29%).

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA indica a inflação das famílias com rendimento de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, sendo realizado em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice, foram comparados os preços coletados entre 31 de março e 29 de abril de 2022  com os preços vigentes entre 26 de fevereiro a 30 de março de 2022.

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