Chesf vai investir R$ 2,09 milhões em hub de inovação

O hub de inovação vai funcionar como uma plataforma, absorvendo demandas e desenvolvendo soluções que serão usadas pela Chesf, pela Eletrobras e por outras empresas do setor elétrico

Por Angela Fernanda Belfort

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vai investir R$ 2,09 milhões no Hub de Inovação que leva o nome da empresa e que terá foco no desenvolvimento de soluções para o setor elétrico. Com previsão de começar a funcionar em maio, a iniciativa ocorre em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) – que é um braço do Ministério de Ciência e Tecnologia – e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (Fundação PaqTcPB).

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Este último é um polo tecnológico de Campina Grande e do Estado da Paraíba, que conecta centros e laboratórios que estão realizando projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em parcerias com a indústria, empresas públicas e privadas nas mais diversas áreas de tecnologia da informação, comunicação, automação industrial e comercial, conectividade, saúde e educação 4.0, biotecnologia e energias renováveis. Em Pernambuco, não há uma instituição similar.

A Chesf é uma das maiores geradoras de energia do País
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)

Os recursos serão usados na implantação do hub. “Ele vai funcionar como uma plataforma, absorvendo as demandas (os problemas encontrados no dia a dia) e, a partir delas, desenvolver soluções que serão usadas pela própria Chesf,  pela Eletrobras, e até por outras empresas do setor elétrico”, resume o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, José Bione de Melo Filho. A Eletrobras é uma holding do setor elétrico, que pertence ao governo federal, e é dona da Chesf.

Os pesquisadores da plataforma vão ficar nas instituições parceiras, em Campina Grande, auxiliando na construção do hub. “Aquela região é um celeiro de projetos de pesquisa inovadores, um dos maiores geradores de patentes. Queremos potencializar este polo e trazer para dentro da empresa”, comenta Bione.

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A sede da Chesf fica no Recife, cidade que tem um polo tecnológico chamado Porto Digital. “No futuro, o Porto Digital está no nosso radar, assim como o polo de startups de Fortaleza”, diz ele, acrescentando que há um “fator limitador” que é o custo.

Soluções podem resultar em patentes, fechando ciclo da inovação

Segundo Bione, podem ser geradas patentes, quando as soluções demandadas apresentarem potencial de serem comercializadas e também de chegarem ao mercado. Um dos maiores problemas do País é formado pelos projetos de pesquisa que encontram soluções inovadoras, mas não chegam ao mercado e nem resultam em patentes. Ou seja, ficam só no projeto. A inovação só ocorre quando a solução desenvolvida chega ao mercado.

As soluções a serem desenvolvidas por startups podem ser “compradas” pela própria Chesf.  “Esperamos encurtar o processo entre o desenvolvimento da solução e a patente, que tem que obedecer às legislações específicas”, afirma Bione. Ele argumenta também que as inovações vão otimizar as tecnologias usadas atualmente em várias áreas da empresa e “influenciar em resultados” mais positivos.

Serão realizadas chamdas públicas para escolherem as soluções a serem desenvolvidas. Depois disso, o hub é que vai analisar os modelos e as possibilidades de ações e negócios mais apropriados a cada caso, como por exemplo, ajudar na implementação de uma startup específica, ou até procurar identificar se existem já startups fazendo projetos parecidos.

O projeto do hub foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as empresas do setor elétrico têm obrigação de gastar 1% da sua receita com projetos na área de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Informação).

Com sede no Recife, a Chesf é uma das maiores geradoras do setor elétrico e investiu R$ 1 bilhão em 2021, sendo R$ 738 milhões em obras do sistema de transmissão, R$ 186 milhões em geração de energia e R$ 141 milhões na sua infraestrutura.


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