Stellantis aposta em veículo híbrido a etanol no Brasil até 2025

Plano estratégico da Stellantis para América Latina abrange lançamento de 23 novos veículos, sete deles elétricos e híbridos

Líder absoluto no mercado brasileiro de automóveis, a Stellantis apresentou nesta sexta (4), sua estratégia para a América Latina até 2025. Ele envolve o lançamento de 16 novos modelos, 28 reestilizações e 7 carros elétricos e híbridos distribuídos entre as marcas do grupo, como Jeep, Peugeot, Ram e Cintroën.

Além do lançamento de 23 novos modelos, a produção de veículos elétricos e híbridos com o etanol como fonte de energia descarbonizada, uma das metas dentro do plano de descarbonização em andamento pela montadora, que pretende zerar a emissão de CO2 até 2031, ganha destaque dentro do plano da empresa.

Segundo o presidente da Stellantis para América Latina, Antonio Filosa, até 2025 a montadora caminha para produzir no Brasil o primeiro veículo híbrido com etanol.

América Latina Stellantis
Antonio Filosa, presidente para a América Latina da Stellantis. Foto: Leo Lara/Studio Cerri

“Queremos trazer novas tecnologias para Brasil e Argentina, avançando em direção à direção autônoma e ampliar o nosso alcance rumo à eletrificação, que no Brasil se junta ao etanol dentro da nossa política de carboneutralidade até 2031. Para isso, além de eletrificação, vamos investir na economia circular, com reaproveitamento de materiais ao longo da nossa cadeia de produção”, explica Filosa.

Ainda segundo ele, o etanol é uma solução competitiva e absolutamente coerente com objetivo de melhorias de níveis de CO2 previstos na legislação brasileira.

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“Estamos ainda na primeira onda dentro dessa solução e a partir de uma segunda onda, que ainda não foi definida, acreditamos apresentar uma solução em grande escala no Brasil para produção baseada na eletrificação de motores a etanol”, complementa o executivo.

Redução IPI é considerada insuficiente

O presidente da Stellantis para América Latina acredita que a redução do IPI, determinada pelo governo brasileiro, é uma iniciativa importante, mas ainda é insuficiente para baixar o valor dos automóveis para o consumidor final.

“Um dos grandes problemas para a falta de competitividade brasileira está na alta carga tributária e nos custos logísticos. Então, qualquer anúncio em redução dessa carga é muito bom. Contudo, essa redução chega em um contexto ainda muito incerto e de muita inflação. Estamos atravessando uma onda inflacionária muito grande, primeiro com a Covid-19, com a crise dos componentes elétricos, e agora com a onda inflacionária das commodities – que fez o preço do cobre e dos metais nobres utilizados na fabricação dos veículos dispararem”, analisou Antonio Filosa.

Ele explicou que a empresa está analisando o cenário atual com cuidado e que ainda não houve modificação na tabela de preços dos veículos do grupo. “Nesse primeiro momento, a redução do IPI gera a queda de um custo já alto, isso não significa dizer que mais pra frente, esse alívio não poderá ser repassado para os consumidores”, ponderou.


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