Recife consegue ter as maiores elevações nos reajustes e no metro quadrado para locação. Fortaleza e Salvador também se destacam no Índice FipeZap
O Índice FipeZap de Locação Residencial aponta que Fortaleza e Recife, respectivamente, tiveram as maiores elevações no preço dos aluguéis no Brasil, em agosto. Recife também se destaca com elevações no acumulado do ano e dos últimos 12 meses, além de ter o segundo maior valor para metro quadrado destinado à locação no país, só perdendo para São Paulo.
Segundo o indicador, que acompanha o comportamento do preço médio de imóveis residenciais, o mês de agosto encerrou com alta de 0,37%, após a elevação de 0,13% em julho.
Comparativamente, a variação mensal do índice foi inferior às altas mensais apuradas pelo IPCA/IBGE (+0,87%), que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, e pelo IGP-M/FGV (+0,66%), que costuma ser usado no reajuste de contratos de aluguéis de imóveis e de algumas tarifas públicas, como a conta de luz. Isso resultou na queda real do preço do aluguel residencial.
Mas, individualmente, a variação do Índice FipeZap de Locação Residencial refletiu as altas registradas algumas cidades. No top do ranking dos aumentos estão Fortaleza, com alta de 2,10%, e Recife, com 1,81%. Elevação também Goiânia (+1,44%), Florianópolis (+1,16%), Belo Horizonte (+0,58%), Salvador (+0,41%), Porto Alegre (+0,38%), Curitiba (+0,36%) e Rio de Janeiro (+0,23%) – resultados que se sobrepuseram conjuntamente aos recuos observados em Brasília (-0,49%) e São Paulo (-0,06%).
Balanço parcial de 2021
Até agosto de 2021, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula uma alta de 1,27% no ano, resultado que mantém o comportamento do preço do aluguel de imóveis residenciais abaixo da inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+5,67%) e pelo IGP-M/FGV (+16,75%).
O avanço do índice no balanço parcial de 2021 é impulsionado pela variação do preço do aluguel em: Curitiba (+8,39%), Recife (+6,70%), Florianópolis (+5,15%), Salvador (+4,05%), Fortaleza (+3,89%), Belo Horizonte (+3,65%), Brasília (+3,22%), Goiânia (2,29%) e Rio de Janeiro (+1,78%). Em São Paulo (-2,34%) e Porto Alegre (-1,70 %), os preços médios recuam em 2021.
■ Análise do acumulado em 12 meses
O índice registra ligeira alta no horizonte dos últimos 12 meses encerrados em agosto (+1,30%), variação inferior à inflação apurada pelo IPCA/IBGE (+9,68%) e pelo IGP-M/FGV (+31,12%) no mesmo horizonte temporal.
Individualmente, à exceção de São Paulo e de Porto Alegre, onde se registram recuos de 3,55% e 1,89% no preço médio do aluguel residencial (respectivamente), as demais capitais brasileiras monitoradas pelo Índice FipeZap apresentam variações positivas nos últimos 12 meses, ordenadas da maior à menor variação da seguinte forma: Recife (+9,72%), Curitiba (+8,15%), Goiânia (+6,38%), Florianópolis (+4,70%), Fortaleza (+4,36%), Salvador (+4,10%), Brasília (+2,66%), Rio de Janeiro (+2,60%) e Belo Horizonte (+1,30%)
Preço médio de locação residencial
Com base em dados de 25 cidades monitoradas pelo FipeZap, o preço médio do aluguel encerrou o mês de agosto em R$ 30,78/m². Comparando-se a apuração nas 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço de locação mais elevado (R$ 39,19/m²), seguida pelos valores registrados em Recife (R$ 33,78/m²), Brasília (R$ 33,37/m²) e Rio de Janeiro (R$ 31,43/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor de locação no período, incluem-se: Fortaleza (R$ 18,05/m²), Goiânia (R$ 19,25/m²), Curitiba (R$ 22,51/m²) e Belo Horizonte (R$ 24,42/m²).
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. Nesse sentido, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a alternativas de investimentos a cada momento do tempo. Ao longo de 2021, o retorno médio do aluguel residencial (anualizado) permanece praticamente estável, encerrando agosto em 4,61% ao ano – taxa que supera a rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência.
Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o Índice FipeZap de Locação Residencial capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.