Em reação a Bolsonaro, Ibovespa tem pior queda e dólar dá um salto

Da redação com agências O Ibovespa fechou esta quarta-feira, 8 de setembro, em queda. Perdeu quase 5 mil pontos num sinal de nervosismo dos investidores com piora da crise institucional brasileira, diante dos atos pró-governo do dia anterior. As manifestações contribuíram ainda mais para a instabilidade no cenário político. A queda de 3,78% levou a […]

Da redação com agências

O Ibovespa fechou esta quarta-feira, 8 de setembro, em queda. Perdeu quase 5 mil pontos num sinal de nervosismo dos investidores com piora da crise institucional brasileira, diante dos atos pró-governo do dia anterior. As manifestações contribuíram ainda mais para a instabilidade no cenário político. A queda de 3,78% levou a bolsa operar aos 113.172 pontos.

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Já o dólar, disparou e fechou a R$ 5,3276, com alta de 2,93%, a máxima do dia. Este foi o maior salto do dólar em um único pregão desde 24 de junho do ano passado, quando a moeda subiu 3,36%.

“Para analistas, Bolsonaro deu mais um passo em direção ao choque entre os poderes e não há solução à vista que possa trazer alívio”, diz o economista André Perfeito, da Necton.

O que mais preocupa, segundo André, é que diante da turbulência política, as reformas , que já andam lentas, tendem a parar, tanto na Câmara quanto no Senado e isto está se traduziu numa queda relevante do Ibovespa na alta do dólar.

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“Para além do ajuste em bolsa e dólar, chamou atenção à elevação mais uma vez da curva de juros”, diz André. No mercado de juros futuros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 9,80% para 9,96%; e o do DI para janeiro de 2027 se elevava de 10,27% para 10,43%.

“Nem mesmo o IGP-DI   que veio abaixo das estimativas trouxe alívio aos juros futuros”, analisa economista. O IGP-DI acompanha o movimento de preços em todo o processo produtivo, desde matérias-primas até serviços finais, e é medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, o IGP-DI, registrou deflação de 0,14%. No mês anterior, o indicador havia registrado inflação de 1,45%. Houve deflação, mas o IGP-DI acumula taxas de inflação de 15,75% no ano e de 28,21% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também tiveram queda na taxa, mas continuaram registrando inflação. O IPC recuou de 0,92% em julho para 0,71% em agosto. Já o INCC caiu de 0,85% para 0,46% no período.

O agravamento do cenário econômico pode resultar em perda de apoio popular, ao combinar queda nas projeções de crescimento do PIB, elevado desemprego e inflação, risco de racionamento e incertezas fiscais.

“Nesta quinta-feira, haverá divulgação do IPCA de agosto e este deve vir em torno de 0,7% com alta em 12 meses de 9,5%. Qualquer valor acima disso irá forçar, ao nosso ver, um ajuste mais forte na SELIC. Sexta-feira é a vez das Vendas no Varejo serem divulgadas”, analisa André Perfeito.

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