Banco Central eleva taxa Selic em 0,75 ponto e taxa bate os 4,25% ao ano

Da redação A taxa de juros no Brasil subiu 9,75 ponto e atinge o patamar de 4,25% ao ano, contra um IPCA de 8,06% em 12 meses. O anúncio foi feito nesta noite de quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A elevação era aguardada pelo mercado financeiro. Esta foi a terceira alta consecutiva […]

Da redação

A taxa de juros no Brasil subiu 9,75 ponto e atinge o patamar de 4,25% ao ano, contra um IPCA de 8,06% em 12 meses. O anúncio foi feito nesta noite de quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A elevação era aguardada pelo mercado financeiro. Esta foi a terceira alta consecutiva na taxa básica de juros neste ano.

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Em maio, quando elevou a taxa dos 2,75% anteriores para 3,5%, o Copom já havia sinalizado que faria um novo aumento da mesma magnitude no encontro seguinte.

Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília/Foto: Agência Brasil

“A leitura preliminar do comunicado sugere que há espaço para uma alta de 100 pontos base na próxima reunião”, analisa o economista da Necton Investimentos, André Perfeito.

Em comunicado, o BC indicou que deve seguir elevando a taxa Selic na próxima reunião, marcada para os dias 3 e 4 de agosto. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude. Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. O Comitê ressalta que essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação”, informou o texto.

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No comunicado, o Copom destacou que a pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, “sobretudo entre os bens industriais”. “Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real. O Comitê segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários, assim como ao comportamento dos preços de serviços conforme os efeitos da vacinação sobre a economia se tornam mais significativos”, informou o comunicado.

Com a decisão de hoje, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

O Copom também atualizou as projeções de inflação, com uma previsão de alta de 5,8% para o fim deste ano e de 3,5% para 2022.

“Isto força uma revisão da projeção de Selic no final do ano de 6,25% para 6,50%”, diz Perfeito.

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