O Nordeste é a segunda região do pais com maior número de donos de micro e de empresas de pequeno porte que buscaram a renegociação de dívidas bancárias através do programa federal Desenrola Pequenos Negócios. De 13 de maio a 12 de junho, foram 6.618 clientes atendidos na região, com fechamento de 8.010 contratos e R$ 271,3 milhões negociados. O Sudeste ficou em primeiro, com 14.908 clientes, 18.859 contratos e R$ 564,71 milhões.
Ao todo, o Desenrola Pequenos Negócios registrou nacionalmente um volume financeiro renegociado de R$ 1,25 bilhão até 12 de junho. No total, cerca de 30,6 mil clientes foram beneficiados pela iniciativa e já renegociaram 39 mil contratos. Os números foram apresentados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O Desenrola Pequenos Negócios foi anunciado pelo Governo Federal em 22 de abril deste ano, dentro do projeto Acredita Brasil, e passou a ser operado pela rede bancária em maio.
De acordo com a Febraban, houve aumento de 30,3% no volume financeiro negociado na comparação com o primeiro levantamento feito pela federação, com dados até 5 de junho.
Voltado a auxiliar pequenos negócios a superar dificuldades financeiras, o programa conta com a participação das principais instituições financeiras do país. São sete bancos participantes, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.
Desenrola no Nordeste
Se considerados somente os estados do Nordeste, a Bahia teve maior número de clientes. Foram 1.762, que renegociaram 2.191 contratos, com volume financeiro de R$ 81,6 milhões. Em segundo ficou o Ceará (1.032 clientes, 1.277 contratos e R$ 39,1 milhões) e terceiro Pernambuco (991 clientes, 1.381 contratos e R$ 40,3 milhões).
No Rio Grande do Sul, o Desenrola Pequenos Negócios beneficiou 1,2 mil empresários que, até o momento, renegociaram R$ 62 milhões em dívidas. O estado passa por recuperação econômica após enfrentar situação de calamidade pública provocada pelas chuvas volumosas que caíram no estado em abril e maio.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2023 cerca de 80% dos empregos formais gerados no Brasil foram originados em micro e pequenas empresas.
Após a renegociação, o crédito é retomado imediatamente, o que pode impulsionar novamente seus negócios, gerar empregos, renda e fortalecer o desenvolvimento local.
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