Com um investimento total de mais de R$ 250 milhões, a fábrica da Mizu Cimentos foi revitalizada e já está pronta para ser inaugurada na sexta-feira (22). A planta – que foi adquirida pela Organização Polimix, empresa sergipana, fica localizada no município de Nossa Senhora do Socorro e será responsável pela fabricação de dois tipos de cimento, além de ter a expectativa de gerar mais de 1,5 mil vagas de emprego quando estiver totalmente integrada.
A unidade fabril foi adquirida pela Polimix pelo valor de R$ 350 milhões em um leilão promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho, com o objetivo de quitar os débitos trabalhistas do antigo proprietário. A revitalização e inauguração da fábrica simboliza a retomada de uma indústria que durante anos foi a segunda maior produtora de cimento do Nordeste, posicionando Sergipe como o segundo maior fabricante de cimento da região.
“Temos profissionais das mais diversas áreas, tais como metalurgia, engenharia mecânica, montagem elétrica, automação, recuperação de estruturas civis e reformas dos prédios administrativos e galpões. O maior investimento que fizemos até agora foi na parte de eletromecânica e automação. Os equipamentos que estavam instalados aqui eram antigos e precisavam ser modernizados, para assim posicionar esta fábrica como uma das mais modernas do Brasil. Alguns equipamentos foram reformados, enquanto outros foram totalmente revitalizados ou substituídos por outros mais modernos e mais eficientes”, comentou José Antero dos Santos, diretor da Organização Polimix.
Modernização da planta de cimento
Para revitalizar a indústria, a empresa dividiu as obras em duas etapas. A primeira fase visou a retomada da moagem do cimento, com investimentos de R$ 50 milhões na modernização de equipamentos e automação.
Já a segunda fase, que será iniciada logo após a inauguração da moagem, terá um investimento de mais R$ 200 milhões e o foco será a revitalização e modernização total do forno da indústria, para assim poder executar a clinquerização – etapa onde o material moído de cru passa por um forno rotativo onde se dá a transformação química dos materiais naturais (farinha) em materiais sintéticos (clínquer).
Quando estiver completamente reformada, a usina gerará 250 empregos diretos e pelo menos 1.250 indiretos, totalizando aproximadamente 1.500 empregos na região.
“O estado tem um contingente profissional qualificado não só para a indústria de cimento, mas também para diversos segmentos industriais. Portanto, acreditamos que o maior quantitativo de pessoas que trabalharão conosco será de Nossa Senhora do Socorro, seguido por Laranjeiras e Aracaju”, informou José Antero.
A planta de Nossa Senhora do Socorro a começará fabricando dois tipos de cimento: o CP II F 32 e o CP V ARI. O CP II F 32, conhecido como cimento composto, é o tipo mais consumido no Brasil e no Nordeste. Já o CP V ARI é um tipo de cimento de alta resistência inicial, voltado para aplicações mais exigentes, como fábricas de pré-moldados e centrais de concreto.
“A princípio, vamos produzir estes dois tipos de cimento, mas essa fábrica tem condições de produzir os cinco principais tipos de cimento normatizados no Brasil”, complementou o diretor da Organização Polimix.
Além da indústria que será inaugurada na sexta-feira, a Polimix já tem planos para construir uma segunda unidade em uma área de 5 mil m² próxima ao Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), localizado na Barra dos Coqueiros. O terreno foi disponibilizado para a empresa pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise) através do Programa Sergipano do Desenvolvimento Industrial (PSDI).
“O PSDI tem sido um fator essencial para que empresas como a Mizu Cimentos se estabeleçam e prosperem aqui. O fortalecimento da indústria local é fundamental para a criação de empregos e a geração de riqueza para a nossa população, e a Codise está empenhada em continuar criando as condições para que Sergipe se torne um polo cada vez mais competitivo e inovador”, destacou o presidente da Codise, Ronaldo Guimarães.
A Mizu Cimentos, uma empresa da Organização Polimix, foi fundada em 1998 e produz mais de 7 milhões de toneladas de cimento por ano. Atualmente, a companhia possui nove fábricas e oito centros de distribuição espalhados em 13 estados brasileiros e adota um sistema de gestão com foco na capacitação dos integrantes para melhor atender seus clientes, com excelência operacional, elevado padrão de qualidade e respeito a comunidade e ao meio ambiente.
Há 45 anos no mercado, a Polimix é hoje uma das maiores empresas prestadoras de serviços de concretagem do Brasil. A marca está presente em 21 estados brasileiros e em outros países como a Argentina, Bolívia, Colômbia, Panamá, Peru e Estados Unidos. Atualmente a companhia tem capacidade anual para fornecer 12 milhões de metros cúbicos de concreto. Com mais de 5.000 integrantes, 2.000 equipamentos e 270 unidades estrategicamente localizadas, a Polimix busca eficiência e qualidade no atendimento de pequenas, médias e grandes obras.
*Com informações do Governo de Sergipe
Leia mais: NE tem maior variação do país nos preços da construção civil