Verba do FNE para retrofit em centros urbanos atrai grupo português

Grupo Casais quer ter acesso ao FNE para recuperar prédios no centro do Recife
leilão - imóvel
Centros históricos guardam muitos prédios desocupados que podem passar por retrofit/Imóveis nos

A decisão do Conselho Deliberativo da Sudene de abrir o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para financiamento de moradia e requalificação de prédios nas áreas centrais de cidades de sua área de atuação já atrai o capital internacional. A construtora portuguesa Casais, com atuação em 17 países, inclusive no Brasil, anunciou interesse em acessar o fundo.

A direção da empresa esteve reunida nesta terça-feira (25) com o superintende da Sudene, Danilo Cabral, para entender como funciona o FNE e conhecer o mecanismo de financiamento pelo Banco do Nordeste. A empresa foi fundada em 1958 e é líder do mercado de retrofit na Europa.

Para avançar com seus planos, que tem o centro do Recife como alvo de interesse, a Casais precisa aguardar dois movimentos. O primeiro é a publicação da ata da última reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, realizada no dia 13 de junho, o que deve ocorrer até o começo de julho.

O segundo é a definição do tamanho do território que a Sudene vai considerar como centro. “Temos que analisar o conceito de centro expandido, definir um foco e estabelecer uma normativa para que não haja desvirtuamento do alvo pretendido”, explica Danilo Cabral.

Centro do Recife

No caso do Recife, as áreas mais preocupantes e que oferecem maior ociosidade nos imóveis e necessidade de retrofit são os bairros de São José, Santo Antônio, Recife Antigo e Boa Vista. E neste caso, as mudanças em curso no FNE contemplam não só retrofit para moradia, mas também para monumentos históricos.

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No Recife, por exemplo, há um potencial enorme para moradia. No centro da cidade, 31% do espaço imobiliário está ocioso. “Mas adequar os edifícios às condições de habitabilidade, cumprindo todas as normas, exige grande esforço de financiamento”, explica Cabral. Ele acrescenta que esse é um problema comum a várias cidades no Brasil e no mundo. E todos os especialistas apontam que a solução para conter a degradação desses espaços é povoando essas áreas com moradias, segundo o superintendente da autarquia, Danilo Cabral.

“O setor do comércio já conta com incentivos. O que essa abertura no FNE traz é a possibilidade de financiar obras em imóveis que contam com comércio no térreo e moradia no andar superior, algo comum na região”, explica Cabral.

Administrado pelo Banco do Nordeste(BNB) , o FNE dispõe de R$ 38 bilhões em seu orçamento para 2024 e 30% desse valor é direcionado à infraestrutura. Esses recursos não eram acessíveis à moradia, mas agora abre-se um espaço para isso, permitindo a reestruturação dessas áreas que já contam com a vantagem de serem dotadas de água, energia, esgoto e acesso viário.

Grupo Casais

O Grupo Casais chegou ao Brasil em 2011, com o início da atividade no Estado da Bahia. Atualmente, a empresa tem desenvolvido projetos de referência nos setores do turismo, serviços, comércio e infraestrutura, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.

O processo de internacionalização da Casais começou em 1994, com a entrada na Alemanha, sendo este um pilar da estratégia de crescimento orgânico, sustentado em alianças e parcerias locais. Atualmente, a internacionalização é a chave do desenvolvimento do Grupo, representando mais de 80% do volume de negócios global.

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