Por Jefferson Henrique S. Araújo*
Hoje no mercado existe um novo must have: ESG. Trata-se de um tema que poucos empresários brasileiros conhecem, mas que precisam ter total ciência da importância e dos impactos em seus negócios nos próximos anos. O ESG é uma “vacina” que vem auxiliar uma organização a sair de sua inércia gerencial, provocando um alerta na necessidade da mudança na cultura organizacional. O ESG, com suas 3 diretrizes – Ambiental, Social e Governança, norteia as organizações para uma reflexão mais sustentável e humana dos seus modelos de negócios, tornando-as mais sólidas e competitivas.
Kofi Annan, vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2001 e ex-secretário-geral da ONU que passou nove anos no comando da maior organização intergovernamental do mundo, deu start a esse movimento. Durante o seu mandato, ele escreveu para mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras em todo o mundo, convidando-os a participar de uma iniciativa conjunta sob os apoios financeiros do Governo Suíço, o Pacto Global da ONU e o International Finance Corporation (IFC). Assim surgiu o ESG no mundo corporativo, que atualmente vem se consolidando além da perspectiva financeira.
A nova ordem mundial imposta pela pandemia está promovendo uma autoavaliação mais profunda de como interagimos com o meio ambiente, hábitos alimentares, vestuário, locomoção e moradia. É um movimento antropológico capaz de gerar mudanças de stakeholders, indústrias e empresas. Para o primeiro setor, pensar em ESG agora é pensar na futurologia empresarial.
Algo que em sua gênese tinha o objetivo de nortear as políticas de investimento dos grandes grupos financeiros mundiais, agora orienta empresas de diversos segmentos. O ESG não pode (e nem deve) se tornar uma máscara para as empresas. As organizações precisam ter uma consciência sustentável e assumir responsabilidades em preservar o equilíbrio do nosso ecossistema.
É necessário que as organizações despertem essa mentalidade sustentável em seus colaboradores para que possam desdobrar essa realidade vivenciada no trabalho, nos seus lares e na sociedade como um todo. Precisamos educar as pessoas para melhorar o mundo.
* Jefferson Henrique S. Araújo é CEO da JH Consultoria
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