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Bruno Cunha: O que significa ocupar um cargo de gestão e não se manter nele?

Confira a seguir algumas situações em que profissionais em cargos de gestão podem se sentir pressionados e tentados a pedir demissão. Para cada caso é possível encontrar opções viáveis de se manter no cargo e diminuir os níveis de estresse
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Por Bruno Cunha*

Ocupar um cargo de gestão pode ser a recompensa por anos de trabalho e estudo, mas também pode ser fonte de estresse e sobrecarga. É comum que alguns profissionais não consigam permanecer em cargos de liderança por conta dos inúmeros desafios que a carreira propõe.

Bruno Cunha é colunista do ME/Foto Divulgação

No entanto, assim como qualquer outra profissão, é impossível fugir de episódios desconfortáveis. Por outro lado, é possível aprender a lidar com situações de conflito ou de estresse e manter-se como um profissional completo no atributo das funções.

Confira a seguir algumas situações em que profissionais em cargos de gestão podem se sentir pressionados e tentados a pedir demissão. Para cada caso é possível encontrar opções viáveis de se manter no cargo e diminuir os níveis de estresse.

1. Sentimento de pressão e sobrecarga

Cargos de gestão costumam colocar o profissional sob constante pressão, além de ser comum o sentimento de sobrecarga no trabalho. Por outro lado, muitos profissionais acreditam que o gestor é aquele que costuma ficar na empresa após todos os outros terem ido embora, é aquele para quem todos recorrem em busca de solução de problemas.

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Desta forma, é muito comum que essa situação acabe se tornando fonte de estresse recorrente. No entanto, é importante colocar tudo em perspectiva e não perder de vista a estruturação de uma boa equipe, bem como buscar o equilíbrio mediante momentos de descanso e lazer. Portanto, um bom líder é aquele que forma equipes e consegue desfrutar de momentos pessoais, já o trabalho bem feito depende desse tipo de equilíbrio.

2. Dificuldade em lidar com relações interpessoais

Não é possível exercer um cargo de liderança sem ter que manter relações interpessoais, afinal, este é um atributo da carreira do gestor. Lidar com pessoas diferentes que possuem histórias e experiências diversas pode ser um processo desafiador, porém, é importante manter o respeito as diferenças no ambiente de trabalho, bem como saber que nem sempre as pessoas pensarão e agirão da mesma forma que o líder.

A gestão de pessoas passa também pela resolução de conflitos sendo eles entre colegas, ou com pessoas de hierarquias diferentes. Portanto, o gestor deve estar psicologicamente preparado para essas situações de estresse em potencial para que consiga resolver o problema da melhor maneira e o mais rápido possível.

3. Problemas com a contratação e demissão de funcionários

Esta é uma situação que costuma deixar os gestores e os responsáveis pelas contratações e demissões, especialmente o segundo caso, com novas camadas de preocupação. Isso porque conflitos são comuns em situações de demissão e pode ser que seja necessário lidar pessoas em um estado de motivação alterado, afinal admitir e demitir é uma responsabilidade do gestor e não do RH, como muitas pessoas imaginam.

Nesse sentido, é importante preservar o respeito, manter a seriedade e a confiança. Além disso, ter uma série de normas e regras que deem conta de cobrir eventuais problemas de ordem burocrática é essencial para evitar problemas futuros.

4. Medo da tomada de decisão incorreta

Tomar uma decisão quase sempre forma momentos de tensão, afinal, pode ser que o gestor não esteja muito certo sobre qual caminho seguir. No entanto, para evitar problemas e estresse, uma boa alternativa é se questionar a respeito do processo de tomada de decisão. Portanto, procure analisa-las do ponto de vista ético e moral, verificando ainda se há aspectos que posam pesar no futuro.

A maior parcela do estresse no momento da tomada de decisões advém da dúvida inerente ao ser humano, especialmente em razão do medo de ser julgado ou criticado. Porém, quando se está certo da sua integridade e dos motivos pelos quais tal decisão foi tomada, se torna mais fácil sentir-se bem e em paz com os eventuais desdobramentos.

5. Dificuldade em permanecer em constante aprendizado

O erro mais comum da maioria dos gestores é achar que por ter atingido níveis hierárquicos mais elevados, o período de estudos terminou e que após a qualificação conquistada é apenas o desempenho no trabalho que importa. No entanto, este é um mito comum que deve ser desacreditado, afinal, vivemos em constante evolução e, portanto, em um aprendizado contínuo.

A falta de conhecimentos apropriados a determinadas situações pode ser uma grande fonte de estresse — já que sentir-se despreparado para lidar com particularidades do serviço a ser desempenhado pode gerar grande desconforto. Porém, é importante ter em mente que o aprendizado “constante” deve ser buscado como forma de evoluir cada vez mais o desempenho profissional e pessoal.

Imagine, por exemplo, uma equipe evoluir e o gestor permanecer no mesmo lugar? O resultado final deste contexto já sabemos qual será — e é justamente por isso que toda equipe também deve evoluir.

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*Bruno Cunha, Headhunter & Consultor de Carreira. Especialista em atendimentos profissionais que tem por objetivo contribuir para o crescimento hierárquico, alcance de melhores salários, desenvolvimento de carreira e recolocação profissional. Nos últimos 18 anos, desenvolveu métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar as necessidades individuais de centenas de profissionais.

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