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Safra de cana-de-açúcar no NO e NE cresce 2,4% até 15 de dezembro

O Norte e Nordeste colheram 65% da safra de cana-de-açúcar até o dia 15 de dezembro
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O Norte e Nordeste colheram 65% da safra de cana-de-açúcar até o dia 15 de dezembro. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

A safra da cana-de-açúcar (2024/2025) no Norte e Nordeste cresceu 2,4% até 15 de dezembro, totalizando o processamento de 39,97 milhões de toneladas da planta nas duas regiões. O aumento é em relação ao mesmo período da moagem anterior e as informações foram levantadas pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).

Do total processado, as usinas do Nordeste respondem por 32,64 milhões de toneladas, quantia que corresponde a 81,67% do total processado. No Norte, foram moídas 7,32 milhões de toneladas, o equivalente a 18,31% de toda a colheita de ambas regiões. Nestas localidades, os maiores produtores da planta estão nos Estados de Alagoas e Pernambuco que processaram, respectivamente, 10,68 milhões de toneladas e 8,68 milhões de toneladas até a primeira quinzena de dezembro. A NovaBio reúne 35 usinas sucroenergéticas em 11 Estados brasileiros.

A colheita já alcançou 65% da safra realizada nas duas regiões. A moagem contou com a ausência de chuvas regulares em algumas localidades das duas regiões, reduzindo a projeção total de moagem na atual safra, de 63 para 62 milhões de toneladas.

Segundo o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, a seca trouxe uma concentração maior de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar. A quantidade de ATR é um indicativo da quantidade de matéria-prima a ser transformada em açúcar ou em biocombustível. 

“Com isso, os níveis de sacarose extraídos da planta permitiram a fabricação de produtos finais em maior volume em comparação à safra anterior, especialmente nos casos do açúcar e etanol hidratado”, explica Renato, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE).

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Para Renato Cunha, o Norte e Nordeste poderia alcançar uma safra de 65 a 70 milhões de toneladas de forma rápida, principalmente se houver um programa de investimentos com uma gestão da água e da irrigação.

Fora os Estados de Pernambuco e Alagoas citados acima, a produção de cana-de-açúcar, por Estado, chegou a seguinte quantidade (em milhão de toneladas) até o dia 15 de dezembro: Amazonas (0,36); Maranhão (2,14); Pará (1,32), Piauí (1,13); Tocantins (2,36); Bahia (4,59); Paraíba (4,84); Rio Grande do Norte (2,42) e Sergipe (1,40).


Produtos finais da cana-de-açúcar

Até 15 de dezembro, a produção de açúcar manteve o ritmo de crescimento e chegou a 2,51 milhões de toneladas, aumento de 15,1% ante as 2,18 milhões de toneladas produzidas em igual período da temporada 2023-2024. Na safra atual, o Nordeste deverá continuar a exportar aproximadamente 62% de sua produção açucareira pelos portos de Maceió (AL), Recife (PE), Suape (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).

Da produção total de etanol no Norte e Nordeste em comparação com o mesmo período da moagem anterior, o hidratado, disponível nas bombas para abastecer veículos flex, registrou alta de 26,9%, totalizando 1,02 bilhão de litros contra 809 milhões de litros em 2023-2024. Já o anidro, que é misturado à gasolina, totalizou 612,6 milhões de litros, queda de 24,7% sobre os 813,2 milhões de litros fabricados no ciclo agrícola passado.

Renato Cunha argumenta que esta retração do anidro deve-se, fundamentalmente, à falta de regras que proporcionem maior competitividade ao biocombustível frente à gasolina. Ainda de acordo com o executivo, as usinas e a cadeia produtiva do setor acreditam numa expansão do mercado nacional do etanol anidro devido ao aumento na mistura dos atuais 27% para 30%, previsto  para o fim de março próximo. “Isso vai ampliar em mais de 11% o tamanho desse mercado, trazendo mais sustentabilidade para a gasolina nacional”, comenta.

*Com informações da NovaBio

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