
O rebanho bovino do Maranhão ultrapassa a marca de 10 milhões de cabeças em 2023, sendo o 2º estado do Nordeste com maior número efetivo de gado, e registrou um aumento de 7,4% em relação a 2022. O dado foi divulgado na pesquisa chamada Desempenho da Pecuária Maranhense 2023, feito pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC).
“Em 2023, nosso rebanho bovino ultrapassou 10 milhões de cabeças com crescimento registrado em 162 municípios. Açailândia se manteve na liderança do Nordeste, com 434,7 mil cabeças. Com isso nossa produção animal atingiu o valor de R$ 1,2 bilhão. Vamos continuar trabalhando para garantir ainda mais avanços na nossa pecuária”, declarou o governador Carlos Brandão.
A pesquisa – que usou como base os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – destaca os principais resultados da pecuária no estado, abrangendo diversos aspectos como a produção de origem animal, os números do rebanho, a aquicultura e as exportações.
De acordo com material publicado pelo Imesc, em 2023 o rebanho de gado do Maranhão alcançou 10,1 milhões de cabeças, representando um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. Com isso o Maranhão se coloca como segundo estado do Nordeste com maior número de cabeças de gado, atrás apenas da Bahia, que possui 13,1 milhões.
“Temos promovido espaços de escuta, seja por meio da participação da Sagrima nos eventos agropecuários ou em outros momentos, para compreender as demandas e entraves do setor na busca por soluções que garantam a produção, a produtividade e também a expansão para novos mercados”, afirmou o secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Flávio Viana.
Rebanho sem aftosa
Entre os municípios maranhenses, Amarante subiu para a 2ª posição no ranking estadual, com 364,1 mil cabeças, um crescimento de 19,9% em relação a 2022. Já Açailândia liderou não só no Maranhão, mas no Nordeste, com 434,7 mil cabeças, tendo crescimento de 10% em comparação ao ano anterior.
“O resultado alcançado foi o status de zona livre da aftosa sem vacinação, o que comprova que o Maranhão possui um gado saudável e, consequentemente, gera aumento no valor agregado da produção do setor e impulsiona-o para novos mercados”, complementou Viana.
No total, a produção animal maranhense atingiu R$ 1,2 bilhão no ano de 2023, um aumento de 24,4% em relação a 2022. Entre os produtos que contribuíram para esse dado, o leite foi o responsável pela maior parte, com R$ 840,5 milhões, resultado equivalente a 72,3% do valor total gerado.
Entre os municípios, Açailândia se destaca como o maior produtor de leite do estado, gerando um valor de R$ 62,4 milhões em 2023, já que é o município que mais se destaca nessa atividade no estado.
Produção de ovos e criação de peixes
Além da produção de gado e de seus derivados, a pesquisa também traz detalhes de outros produtos de origem animal. Entre eles, a produção de ovos de galinha se destacou, alcançando R$ 285 milhões, marcando um aumento de 35,5%. O município de Balsas foi o principal produtor com R$ 167,6 milhões, um aumento de 39,7%, seguido por Bela Vista do Maranhão, que gerou R$ 44,5 milhões.
Outro produto que também avançou foi a aquicultura, registrando um valor de produção de R$ 302,7 milhões. Esse número coloca o Maranhão como o 4º maior produtor do Nordeste e o 10º no Brasil. Entre as escpécies cultivadas, as principais foram: tambaqui – com 10,6 mil toneladas -; tambacu e tambatinga – com 8,8 mil toneladas -; curimatã e curimbatá – 2,2 mil toneladas -. O município de Igarapé do Meio foi o principal produtor do estado, gerando R$ 25,2 milhões.
Em relação ao comércio exterior, as exportações dos produtos de origem animal maranhenses alcançaram a marca de R$ 29 milhões em valor no ano de 2023, tendo como principal destaque o mel, com 1,8 mil toneladas exportada, um crescimento de 63,7% em comparação a 2022.
Entre os países importadores dos nossos produtos, destacam-se os Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Os EUA lideram, tendo importado o equivalente a R$ 22,6 milhões, seguido pelos alemães, com um valor de R$ 2,1 milhões, e os canadenses, com um valor de R$ 2 milhões.
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sagrima) ainda informou que este ano foram firmados dois termos de cooperação técnica com a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer) com o intuito de desenvolver o melhoramento genético de bovinos, caprinos e ovinos.
Para mais informações sobre a pesquisa Desempenho da Pecuária Maranhense 2023, acesse o link: https://imesc.ma.gov.br/src/upload/publicacoes/005caf7eaab0953d47dd4b82bcebc3cf.pdf
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