Com 13.180.904 cabeças de gado, a Bahia é líder absoluto na região Nordeste e sétimo lugar nacionalmente na produção de bovinos. Os números foram divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) – órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) – e detalham a distribuição do rebanho entre os territórios de identidade do estado.
A pesquisa foi feita em abril, durante a última campanha de vacinação contra a febre aftosa, e identificou que a Bacia do Rio Grande, na região Oeste, se sobressai com 1.294.905 cabeças, seguida pelo Extremo Sul com 1.109.709, e o Médio Sudoeste da Bahia, com 1.084.478, como as três regiões mais produtivas do estado.
Entre os principais municípios produtores são destacados; Santa Rita de Cassia, Wanderley e Cotegipe, na região oeste; Itamaraju, Itanhém e Medeiros Neto, no extremo sul; e Itarantim, Itambé e Itapetinga, no médio sudoeste baiano.
“O crescimento do nosso rebanho bovino é resultado de um trabalho conjunto entre o governo, por meio da Seagri e Adab, e os produtores, que atuam em prol da sanidade e da qualidade dos rebanhos. A disponibilidade de grãos na região Oeste, aliada às práticas de manejo adequadas em todo o estado, impulsionam a produção e consolidam a Bahia como líder na pecuária nordestina. Esse crescimento não apenas fortalece a economia local, mas também posiciona o estado como um importante player no mercado.”, declarou o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.
Entre as medidas tomadas pela Adab, estão a intensificação da fiscalização, de orientações técnicas, a garantia da sanidade do rebanho e qualidade dos produtos de origem animal. Essas ações que contribui para a melhoria dos índices produtivos e sanitários dos rebanhos.
“Não só a forte atuação e fiscalização da Adab, mas também o compromisso do pecuarista baiano com a qualidade dos seus rebanhos, nessa parceria público-privada, com o rigoroso cumprimento das medidas sanitárias adotadas pela Adab, necessárias para evitar ou combater doenças, o que garante o crescimento e o melhoramento do nosso rebanho”, afirmou Paulo Sérgio.
Gado de corte e livre de aftosa
A elevação no número do rebanho e liderança no Nordeste é um indicador positivo para a economia baiana, especialmente em um momento em que a produção de carne bovina busca consolidar sua competitividade no mercado nacional e internacional. O aumento constante do tamanho do rebanho ao longo dos últimos anos acarreta uma maior produção de carne, consequentemente, em um aumento da carcaça para os pecuaristas e geração de divisas para o estado.
Outro fator que colabora não só para o aumento do número de cabeças, mas para uma maior competitividade no mercado é status de área livre de febre aftosa sem vacinação que estado tem. A Bahia atingiu esse patamar este ano, devido a um trabalho e investimentos durante anos em sanidade.
Esse status é apenas concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e com essa certificação diversos processos de produção são facilitados e custos são reduzidos, além de estabelecer a Bahia como uma referência de alta qualidade na produção bovina.
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