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Olho D’Água inicia moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana no Piauí

A primeira exportação de açúcar cristal da Comvap aconteceu em 2023. Atividade da cana emprega mais de 10 mil pessoas
Patricia Raposo
Patricia Raposo
patricia.raposo@movimentoeconomico.com.br
Comvap ocupa uma área total de 55,5 mil hectares, sendo 21 mil deles destinados ao cultivo da cana e o restante, área de preservação/ Foto: divulgação

A usina Comvap, do grupo pernambucano Olho D’Água, deu início à moagem da safra de cana-de-açúcar 2024/2025 no estado do Piauí. A previsão de moagem é de cerca de 1,5 milhão de toneladas nesta safra. Toda a cana será revertida em açúcar (cristal e demerara), álcool e biomassa (energia limpa).

Atualmente, a Comvap ocupa uma área total de 55,5 mil hectares, sendo 21 mil deles destinados ao cultivo da cana e o restante, área de preservação (matas nativas, mata ciliar do rio Parnaíba e riachos, e morros que integram a reserva legal e Áreas de Preservação Permanente – APPs).

O Grupo Olho D´Água assumiu a administração da Compav em 2002, quando investiu em tecnologia no campo, na qualificação de seus colaboradores e diversificou sua produção. “Investimos cerca de R$ 40 milhões, com o objetivo de ampliar a nossa produção e exportar mais. Já somos líderes na produção de açúcar e na moagem de cana-de-açúcar no Nordeste. Com esse movimento de expansão, a ideia é evoluir ainda mais, gerando cada vez mais empregos aqui na região”, disse o presidente do Grupo Olho D’água, Gilberto Tavares durante evento que deu início à moagem, na última segunda-feira e que contou com a presença do governador Rafael Fonteles,  autoridades políticas, empresários e fornecedores.

Atualmente, a companhia emprega mais de 3 mil funcionários, distribuídos nos municípios de União (o maior índice, com 2.034), José de Freitas, Teresina, Miguel Alves, Altos e Barras. Contando com os indiretos, são cerca de 10 mil pessoas empregadas.

Parceria com produtores de cana

Além da produção própria, 20% da cana moída ou processada pela Comvap vem de terceiros, pequenos produtores rurais que plantam e vendem para a empresa. “A maioria produzida em União, parceria que rendeu, só no ano passado, mais de R$ 42 milhões aos fornecedores. Os produtores de cana, em sua atividade, geram mais de 600 empregos”, ressalta o diretor de operações da Comvap, Luiz Fernando Melo.

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A primeira exportação de açúcar cristal da Comvap aconteceu em 2023, quando foram enviadas 20 mil sacas de 50 quilos para a África. Para este ano de 2024, a expectativa do grupo é exportar também o tipo Demerara.

A Compav é certificada pelo Renovabio, sistema gerado a partir do acordo de Paris de 2017, que a reconhece como uma empresa redutora de emissões de carbono.  Todo o resíduo da cana é aproveitado: a vinhaça é usada na irrigação dos canaviais; a torta, como fertilizante; e o bagaço de cana é utilizado na cogeração de energia para a usina e para o campo.

Na safra passada, o total de energia produzida atingiu 19.598,635 MW em 161 dias, o suficiente para abastecer, no período, uma cidade com 29.000 habitantes. O total da energia produzida na usina daria para atender ao consumo de uma cidade com 89.000 habitantes (considerado o consumo per capita da região nordeste, de 124 KW por habitante/mês).

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