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Olho D’Água inicia moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana no Piauí

A primeira exportação de açúcar cristal da Comvap aconteceu em 2023. Atividade da cana emprega mais de 10 mil pessoas
Comvap ocupa uma área total de 55,5 mil hectares, sendo 21 mil deles destinados ao cultivo da cana e o restante, área de preservação/ Foto: divulgação

A usina Comvap, do grupo pernambucano Olho D’Água, deu início à moagem da safra de cana-de-açúcar 2024/2025 no estado do Piauí. A previsão de moagem é de cerca de 1,5 milhão de toneladas nesta safra. Toda a cana será revertida em açúcar (cristal e demerara), álcool e biomassa (energia limpa).

Atualmente, a Comvap ocupa uma área total de 55,5 mil hectares, sendo 21 mil deles destinados ao cultivo da cana e o restante, área de preservação (matas nativas, mata ciliar do rio Parnaíba e riachos, e morros que integram a reserva legal e Áreas de Preservação Permanente – APPs).

O Grupo Olho D´Água assumiu a administração da Compav em 2002, quando investiu em tecnologia no campo, na qualificação de seus colaboradores e diversificou sua produção. “Investimos cerca de R$ 40 milhões, com o objetivo de ampliar a nossa produção e exportar mais. Já somos líderes na produção de açúcar e na moagem de cana-de-açúcar no Nordeste. Com esse movimento de expansão, a ideia é evoluir ainda mais, gerando cada vez mais empregos aqui na região”, disse o presidente do Grupo Olho D’água, Gilberto Tavares durante evento que deu início à moagem, na última segunda-feira e que contou com a presença do governador Rafael Fonteles,  autoridades políticas, empresários e fornecedores.

Atualmente, a companhia emprega mais de 3 mil funcionários, distribuídos nos municípios de União (o maior índice, com 2.034), José de Freitas, Teresina, Miguel Alves, Altos e Barras. Contando com os indiretos, são cerca de 10 mil pessoas empregadas.

Parceria com produtores de cana

Além da produção própria, 20% da cana moída ou processada pela Comvap vem de terceiros, pequenos produtores rurais que plantam e vendem para a empresa. “A maioria produzida em União, parceria que rendeu, só no ano passado, mais de R$ 42 milhões aos fornecedores. Os produtores de cana, em sua atividade, geram mais de 600 empregos”, ressalta o diretor de operações da Comvap, Luiz Fernando Melo.

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A primeira exportação de açúcar cristal da Comvap aconteceu em 2023, quando foram enviadas 20 mil sacas de 50 quilos para a África. Para este ano de 2024, a expectativa do grupo é exportar também o tipo Demerara.

A Compav é certificada pelo Renovabio, sistema gerado a partir do acordo de Paris de 2017, que a reconhece como uma empresa redutora de emissões de carbono.  Todo o resíduo da cana é aproveitado: a vinhaça é usada na irrigação dos canaviais; a torta, como fertilizante; e o bagaço de cana é utilizado na cogeração de energia para a usina e para o campo.

Na safra passada, o total de energia produzida atingiu 19.598,635 MW em 161 dias, o suficiente para abastecer, no período, uma cidade com 29.000 habitantes. O total da energia produzida na usina daria para atender ao consumo de uma cidade com 89.000 habitantes (considerado o consumo per capita da região nordeste, de 124 KW por habitante/mês).

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