São José Agroindustrial e a Ovos Tamago se unem para cultivar milho em Igarassu

Empresários pernambucanos iniciam uma experiência conjunta que pode gerar um novo negócio capaz não só de reduzir a dependência do milho importado, mas o seu custo Por Patrícia Raposo Assim como na Sealba, uma nova fronteira agrícola que reúne os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia, onde prospera a cultura de grãos, em Pernambuco, o […]

Empresários pernambucanos iniciam uma experiência conjunta que pode gerar um novo negócio capaz não só de reduzir a dependência do milho importado, mas o seu custo

Por Patrícia Raposo

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Assim como na Sealba, uma nova fronteira agrícola que reúne os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia, onde prospera a cultura de grãos, em Pernambuco, o cultivo deste tipo de commodities também entrou no radar dos empresários.

Em busca de reduzir a dependência do milho importado e de seu alto custo, muitos avicultores têm arrendado terras para cultivar o grão. Mas, numa experiência inédita, a São José Agroindustrial e a Ovos Tamago se uniram para promover o cultivo consorciado, em cerca de 250 hectares de canaviais.

Usina São José Agroindustrial/Foto: Reprodução

O diretor presidente da usina, situada em Igarassu, Frederico Vilaça, explica que a cana ainda oferece a melhor equação financeira, mas viu na oportunidade uma maneira de melhorar a qualidade do solo.

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“O milho plantado será todo destinado à Granja Ovos Tamago e isso pode se tornar um bom negócio”, admite. “Mas precisamos observar. Ainda não colhemos, vamos ver como a cultura vai se comportar”, diz.

O empresário está testando algumas variedades e formas de plantio. Ele adotou o método de Meiose, onde concilia linhas plantadas com cana e milho. “A nossa expectativa é de colher 80 sacos por hectare”, revela Frederico.

“A cultura está indo muito bem”, diz Jungi Iwata, da Granja Tamago, situada no município de Goiana. Ele conta que é a primeira vez que faz uma parceria com uma usina e espera colher 1 milhão e 200 mil quilos de milho, volume que supre as necessidades da sua criação por apenas um mês.

Milho cultivado nos canaviais da usina São Jose Agroindustrial / Foto: cortesia

“A nossa principal motivação é não ficar 100% dependente do milho importado e obter o produto por um preço mais baixo”, revela Iwata. Distante cerca de 30km da área de cultivo, ele consegue reduzir drasticamente o frete.

A São José Agroindustrial tem cerca de 40% da sua área em terras plantas, o que favorece a mecanização. Por isso, a experiência é importante. “Pensamos em maximizar o uso da terra. A soja pode ser a próxima experiência”, revela Frederico.

Leia também: Canaviais abrem passagem para o milho em Alagoas e Pernambuco

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